Saúde

Este cancro mata 12 pessoas por dia em Portugal!

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 horas atrás em 01-08-2025

Portugal enfrenta uma realidade preocupante no que diz respeito ao cancro do pulmão, a principal causa de morte oncológica no país.

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Todos os dias, 12 pessoas perdem a vida para esta doença, cujos principais fatores de risco continuam ligados ao consumo de tabaco, pode ler-se na SIC. No Dia Mundial do Cancro do Pulmão, que se assinala esta quinta-feira, 1 de agosto, especialistas sublinham: prevenir, diagnosticar cedo e tratar melhor pode salvar vidas.

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Segundo o Grupo de Estudos de Cancro do Pulmão (GECP), em 2023 registou-se o número mais alto de mortes por esta doença em mais de duas décadas: 4.490 óbitos. A tendência é especialmente alarmante entre as mulheres, devido ao crescimento do consumo de tabaco e ao seu início precoce.

Cerca de 70% dos casos continuam a ser detetados em fases avançadas, quando as opções de tratamento são mais limitadas. A razão? Os sintomas iniciais são muitas vezes ignorados ou confundidos com doenças benignas: tosse persistente, fadiga, dor no peito, perda de apetite e peso.

António Araújo, diretor do serviço de Oncologia Médica da ULS de Santo António, alerta que a baixa literacia em saúde e a ausência de um rastreio nacional estruturado são grandes entraves à deteção precoce. “Investir na literacia, nas escolas e nas comunidades é essencial para virar esta maré”, defende.

O consumo de tabaco é responsável por cerca de 85% dos casos de cancro do pulmão. As substâncias presentes no fumo provocam alterações genéticas nas células pulmonares. “Quanto mais cedo se começa a fumar e mais tempo se fuma, maior é o risco”, sublinha o especialista. No entanto, deixar de fumar tem benefícios imediatos, mesmo após décadas de consumo.

Campanhas de sensibilização, aumento dos impostos sobre o tabaco, proibição de venda a menores e apoio ao abandono do tabagismo são algumas das estratégias recomendadas para reverter esta tendência.

Apesar dos números alarmantes, os especialistas acreditam que o futuro pode ser mais promissor. Os avanços na imunoterapia e nas terapias dirigidas permitem tratamentos mais eficazes, menos agressivos e com maior qualidade de vida para os doentes.

Foram ainda anunciados dois projetos-piloto de rastreio com TAC de baixa dose, destinados a fumadores e ex-fumadores com mais de 50 anos. A esperança é que estes programas sirvam de base para uma futura implementação nacional.

“Só com um esforço coletivo — de políticas públicas, educação e acesso aos cuidados — poderemos travar a evolução desta doença que continua a ser uma das mais mortais, mas também uma das mais evitáveis”, conclui o GECP.

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