O Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), instituição privada do ensino superior em Coimbra, criou um departamento dedicado a cursos breves e pós-graduações, com especial atenção às necessidades de formação dos municípios, empresas e setor social.
O presidente da direção do ISMT, Manuel Castelo Branco, afirmou hoje que este departamento, intitulado Escola de Coimbra, pretende ser “algo completamente distintivo”, focando-se em oferta de cursos breves, pós-graduações e MBA (formação destinada a administradores e executivos).
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Segundo Manuel Castelo Branco, aquela nova oferta está “já em velocidade cruzeiro”, tendo já disponíveis cerca de 40 cursos breves, 12 pós-graduações e dois MBA, desenhados e pensados com atenção às necessidades formativas dos municípios – o instituto reuniu com a maioria das autarquias da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC), que é proprietária do ISMT.
“Reunimos com os executivos [municipais], juntas de freguesia, associações locais, IPSS [instituições particulares de solidariedade social] para lhes perguntar o que precisam de nós. Das respostas a essas perguntas, chegou o essencial da oferta formativa que a Escola de Coimbra hoje tem”, disse o responsável, que falava na apresentação desta iniciativa.
Psicologia, comunicação, gestão, informática ou direito são algumas das áreas abrangidas por esta escola, que irá assegurar formação breve nos territórios onde seja pedida.
A coordenadora da Escola de Coimbra, Sara Lopes Borges, explicou que o plano formativo nunca está fechado, podendo ser apresentado a qualquer momento um novo curso breve.
Os custos dos cursos breves são variáveis, já as pós-graduações terão um preço de cerca de 1.500 euros.
“Nos cursos breves, não temos preocupação de ter qualquer lucro com as autarquias da CIMRC, mas terão de cobrir os custos. A receita virá de fora dos municípios da CIM”, explicou Manuel Castelo Branco.
Questionado sobre quais as diferenças entre esta oferta e aquela que é assegurada pela Fundação para os Estudos e Formação nas Autarquias Locais (FEFAL), o presidente da direção do ISMT admitiu que ainda não reuniu com aquela instituição, mas que não pretende “duplicar formação”.
“Estamos a ir para nichos onde a nossa formação é mais especializada”, afirmou.
Sobre o futuro do ISMT, que viu a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) determinar o seu encerramento (decisão que está a ser contestada em tribunal), Manuel Castelo Branco mostrou-se “francamente otimista”.
“Há uma recetividade enorme dos atuais alunos e não há fuga de alunos. A questão tem a ver com os novos alunos e os pais têm algum medo”, notou, salientando que “não há risco rigorosamente nenhum”, até porque, caso houvesse encerramento, “os alunos teriam de ser colocados, por lei, numa escola da região”.
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