Opinião

Apelo

Notícias de Coimbra | 36 minutos atrás em 26-07-2025

Não se percebe o que mais é preciso para que exista um sobressalto cívico generalizado com a situação em Gaza. Ainda esta semana, a Médicos Sem Fronteiras denunciou que um quarto das crianças dos seis meses aos cinco anos sofre de subnutrição. E não podia ter sido mais clara: trata-se do resultado de uma estratégia deliberada das autoridades israelitas de usar a fome como arma de guerra.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

Poucos dias antes, mais de uma centena de ONG havia denunciado a multiplicação de mortes por má nutrição naquele território, falando mesmo de um cenário de fome em massa provocado pelo bloqueio das tropas de Israel aos esforços de ajuda humanitária.

PUBLICIDADE

Naturalmente, não faltam aqueles que se refugiam nos ‘Mas’, seja sobre o papel do Hamas, a possibilidade de tudo não passar de fake news ou a whataboutização habitual sobre a existência de outros conflitos no mundo.

A esses, nada tenho a dizer, porque nada vale a pena ser-lhes dito.

Mas falo para os outros que, como eu, podem por vezes sentir-se imobilizar pelo sentimento de impotência, pela sensação de que não há nada – ou há muito pouco – que possamos fazer para a contribuir para o fim da tragédia. Para os que acreditam que, ainda assim, não podemos desistir da nossa própria humanidade e ceder ao cinismo ou à desesperança.

Para esses, um apelo: mesmo que mais nada possam fazer, assinem a petição pública que está já a correr e exige ao governo português que reconheça o genocídio em Gaza e pressione Israel a permitir a entrada de ajuda na Palestina. O link é https://peticaopublica.com/psign.aspx?pi=PT126478.

Será pouco, mas não fazer nada não é opção.

OPINIÃO | PEDRO SANTOS – ESPECIALISTA EM COMUNICAÇÃO

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE