Embora se assuma que a probabilidade de uma mulher ter um filho ou uma filha seja de 50/50, como um lançamento de moeda, um novo estudo revela que a idade materna no primeiro parto pode alterar essa chance, aumentando a probabilidade de ter filhos de um só sexo.
A investigação, publicada esta sexta-feira na revista Science Advances, analisou dados de mais de 58.000 mães dos EUA, recolhidos em dois estudos sobre contraceção e saúde materna. As mulheres tinham entre dois e mais de cinco filhos, e os investigadores examinaram oito características pessoais, incluindo altura, índice de massa corporal, raça, cor do cabelo, tipo de sangue, cronotipo, idade da primeira menstruação e idade ao ter o primeiro filho.
PUBLICIDADE
O resultado surpreendente indicou que mulheres que tiveram o primeiro filho com mais de 28 anos apresentavam 43% de chance de ter filhos exclusivamente do mesmo sexo (todos rapazes ou todas raparigas), enquanto as mães mais jovens (menos de 23 anos) tinham apenas 34% de probabilidade disso.
Nenhuma das outras características analisadas mostrou relação significativa com o sexo dos filhos.
Os cientistas sugerem que mudanças biológicas associadas à idade podem influenciar esta tendência, embora o mecanismo exato ainda seja desconhecido. Outra hipótese levantada é o comportamento familiar: mulheres mais velhas podem optar por parar de ter filhos após conseguirem dois meninos ou duas meninas, enquanto mães mais jovens tendem a continuar tentando equilibrar o sexo dos filhos.
Estudos anteriores também indicam que alterações fisiológicas, como a duração do ciclo menstrual e o pH vaginal, variam com a idade e podem favorecer a sobrevivência dos espermatozóides que determinam o sexo masculino ou feminino.
Este estudo abre caminho para uma melhor compreensão dos fatores biológicos e comportamentais que influenciam a determinação do sexo das crianças, desafiando a ideia clássica de que o resultado é puramente aleatório.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE