Os doentes do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto enfrentam o verão em condições que funcionários classificam como “inaceitáveis” e “indignas”.
As denúncias, feitas por profissionais da instituição ao Correio da Manhã, revelam uma realidade alarmante num dos mais importantes centros de tratamento oncológico do país.
PUBLICIDADE
“Temos doentes oncológicos a morrer ao calor lá dentro e profissionais sem condições para trabalhar com as altas temperaturas que ali se registam”, alertam funcionários do IPO, que se mostram exaustos por verem o problema persistir ano após ano.
As críticas estendem-se também ao estado do edifício principal. As janelas antigas, sem qualquer isolamento térmico eficaz, permitem a entrada de calor durante o verão e de frio no inverno, comprometendo o conforto e o bem-estar dos doentes mais vulneráveis.
“As caixilharias velhas deixam entrar o calor no verão e o frio no inverno. Muitos dos doentes ali internados são obrigados a pedirem aos familiares para levarem ventoinhas para conseguirem ali estar. É surreal”, descrevem.
Perante estas denúncias, o IPO do Porto reconhece as deficiências estruturais de climatização do edifício principal, especialmente nos pisos de internamento e afirma estar a implementar diversas medidas para mitigar os efeitos do calor.
Entre as ações previstas ou em curso estão a substituição de todas as janelas dos pisos de internamento ainda em falta, a renovação completa de um piso de internamento e a adjudicação de um projeto de reforço da climatização do edifício principal.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE