E, como já é tradição, as escarpiadas marcam presença nas festas de Santa Cristina em Condeixa que decorrem até 24 de julho.
Este doce típico da região continua a ser um verdadeiro símbolo local e atrai visitantes que não resistem ao seu sabor único.
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As tasquinhas têm produtos regionais, artesanato e, claro, a estrela da festa: a escarpiada.
Maria Vieira, da Padaria Samuel, há 50 anos que mantém viva esta tradição. Foi ela quem, mais uma vez, preparou com as próprias mãos a iguaria que adoça a festa.
De confeção aparentemente simples, o segredo da escarpiada está no cuidado com que é enrolada. Leva apenas massa de pão, açúcar amarelo, azeite e canela. “O truque está em saber enrolar bem, para que o molho — uma mistura do açúcar com o azeite — não se perca”, explica Maria.
O nome “escarpiada”, segundo os antigos, poderá estar ligado às escarpas douradas da Serra de Sicó, que inspiraram não só o nome, como também o aspeto do doce.
E quanto custa esta delícia? Apenas 1,20€. Além das versões mais pequenas, ainda há espaço para as tradicionais de meio quilo — como as primeiras que se faziam há décadas.
Maria Vieira, que herdou a arte do sogro e da avó do marido, já passou a padaria ao filho, mas continua a colaborar nas alturas especiais. “Aprendi com gosto e é uma coisa que não se perde. Quando se faz com paixão, nota-se no resultado.”
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