Política

PS: voz das bases foi atraiçoada por dirigentes

OPINIÃO | Rui Avelar | 1 dia atrás em 19-07-2025

A escolha do(a) candidato(a) do PS à presidência da UF de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades era para ter sido feita pelos militantes locais, mas não foi.

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Um imbróglio inerente a eleições “primárias fechadas”, realizadas para o efeito a 08 de Março [de 2025], pôs por terra a salutar participação directa de mais de uma centena de militantes do Partido Socialista.

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Devido a laxismo do presidente da Comissão Federativa de Jurisdição do PS/Coimbra, Hugo Queirós, ungido por João Portugal, a decisão do órgão demorou quatro meses a ser tomada, perante a complacência do líder concelhio conimbricense do partido, Ricardo Lino.

A menos de três meses das próximas eleições autárquicas, a Comissão Política Concelhia de Coimbra (CPCC) do PS entendeu já não haver oportunidade para repetição de eleições “primárias fechadas”.

Neste contexto, fazendo uso da sua legítima competência, aquele órgão indigitou Laura Fonseca, líder da Secção socialista de S. Martinho do Bispo, mas ignorou Vítor Duarte.

A 10 de Março, o Secretariado da Concelhia de Coimbra do PS precipitou-se ao “homologar” o resultado do sufrágio da antevéspera, validando-o num horizonte de dois dias quando sabia da existência de protesto.

O bom senso e o respeito de que são credores várias dezenas de militantes ditariam que a CPCC fosse chamada a optar entre Laura Fonseca e Vítor Duarte (separados por dois votos na auscultação das bases).

Esta sexta-feira (18), ao excluir Vítor Duarte da hipótese de indigitação, Ricardo Lino fingiu estar a acatar a vontade do universo de votantes de S. Martinho e da Ribeira, como se ela não tivesse sido insuficientemente expressa (https://www.noticiasdecoimbra.pt/jurisdicao-do-ps-decreta-nulidade-de-primarias-em-s-martinho-do-bispo-e-ribeira-de-frades/).

Conclusão: a quem não possui a desejável competência para desempenho de cargos até os imbróglios estorvam.

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