As Festas de Santa Cristina prometem uma semana de festa em Condeixa. Entre os dias 18 e 24 de julho, o centro da vila transforma-se no coração da festa, acolhendo milhares de visitantes com um programa de entrada livre.
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A abertura oficial decorreu na tarde desta sexta-feira.
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O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra deixou palavras de forte apreço pela terra e pela sua gente: “Condeixa está pujante e viva e por estes eventos nós conseguimos perceber a vida e a vivência das pessoas”, declarou.
O autarca destacou ainda a aposta cultural do município, referindo-se ao Museu PO.RO.S – um dos mais visitados a nível nacional – como um exemplo de excelência: “É um dos museus mais visitados do país, uma das grandes revelações nacionais, com prémios internacionais e por isso a estratégia cultural da Câmara Municipal e do seu presidente e do seu executivo está no caminho certo.”
Com palavras dirigidas ao presidente da Câmara Municipal, Nuno Moita, o responsável intermunicipal mostrou-se confiante num futuro que passa pela elevação da vila a cidade. “A ambição do senhor presidente da Câmara espero que se concretize da elevação à cidade, merece, e este é um dos grandes eventos que a Comunidade Intermunicipal reconhece e promove porque Condeixa tem na sua matriz a arte de bem receber, de proporcionar às pessoas experiências únicas”.
Num balanço emotivo, o presidente da autarquia de Condeixa, refere que será o seu último ano à frente do executivo. Nuno Moita considerou ter sido um “orgulho imenso” servir o concelho e apontou como legado um “salto quântico” na área da cultura e turismo, nomeadamente através da valorização da herança romana e do património local.
“Esta é a festa que eu não falho […] E já é com muita saudade que vou deixar de ser presidente da Câmara, mas tenho a certeza que fiz o que pude e quem faz o que pode, faz o que deve”, afirmou, visivelmente emocionado.
E, como já é tradição, as escarpiadas marcam presença logo no primeiro dos seis dias de festa. Este doce típico da região continua a ser um verdadeiro símbolo local e atrai visitantes que não resistem ao seu sabor único.
As tasquinhas têm produtos regionais, artesanato e, claro, a estrela da festa: a escarpiada. Maria Vieira, da Padaria Samuel, há 50 anos que mantém viva esta tradição. Foi ela quem, mais uma vez, preparou com as próprias mãos a iguaria que adoça a festa.
De confeção aparentemente simples, o segredo da escarpiada está no cuidado com que é enrolada. Leva apenas massa de pão, açúcar amarelo, azeite e canela. “O truque está em saber enrolar bem, para que o molho — uma mistura do açúcar com o azeite — não se perca”, explica Maria.
O nome “escarpiada”, segundo os antigos, poderá estar ligado às escarpas douradas da Serra de Sicó, que inspiraram não só o nome, como também o aspeto do doce.
E quanto custa esta delícia? Apenas 1,20€. Além das versões mais pequenas, ainda há espaço para as tradicionais de meio quilo — como as primeiras que se faziam há décadas.
Maria Vieira, que herdou a arte do sogro e da avó do marido, já passou a padaria ao filho, mas continua a colaborar nas alturas especiais. “Aprendi com gosto e é uma coisa que não se perde. Quando se faz com paixão, nota-se no resultado.”
Nas Festas de Santa Cristina também pode encontrar sabores do Oriente. Pela primeira vez, o certame conta com a presença do restaurante Elô Sushi, que traz até à Praça da República uma verdadeira experiência gastronómica japonesa.
A aposta, com cerca de ano e meio de existência em Coimbra, marca uma estreia absoluta neste evento. O gerente, Marco Orfão, explicou que esta é uma oportunidade de dar a conhecer a marca e o conceito a um novo público: “Queremos mostrar o melhor sushi da zona de Coimbra. Temos uma carta mais pequena aqui, mas com preços muito apelativos”.
Para além da promoção do restaurante, a iniciativa pretende desmistificar o sushi, oferecendo uma seleção variada e acessível — incluindo opções para iniciantes e até pratos quentes para quem ainda não é fã desta cozinha. O chef Tiago Rijo garantiu que a oferta foi pensada para todos os gostos: “Temos diversidade. Desde sushi tradicional, como nigiri e gunkan de atum e salmão, até opções como tempura de camarão e frango crocante em bao, para quem prefere sabores quentes e familiares.”
O cartaz pode ser consultado aqui.
Com vinte artistas distribuídos por dois palcos, 40 expositores e oito tasquinhas, o evento promove o que de melhor se faz no concelho. A animação musical arranca esta sexta-feira, com atuações no palco principal de Nena às 22:30, Easy Loop à meia-noite e DJ Pedro Braga pelas 02:00. No palco Tasquinhas, os Roda Viva sobem ao palco à meia-noite.
No sábado, o palco principal recebe Ivandro às 22:30, a banda #The 80’s à meia-noite e DJ Rob Duartez às 02:00. No mesmo dia, no palco Tasquinhas, atuam os Low Kost à meia-noite.
O domingo é dedicado ao fado, com Sara Correia a subir ao palco principal às 22:30 e Sara Ribeiro à meia-noite. Nas tasquinhas, Tó Miau e Amigos animam o público também à meia-noite.
Na segunda-feira, é a vez de Plutónio atuar às 22:30, seguido de Sede Bandida à meia-noite, no palco principal. O palco Tasquinhas recebe Ruy Sylva and Friends à mesma hora.
Na terça-feira, o espetáculo continua com a banda Para Sempre Marco às 22:30 e Dexys à meia-noite, no palco principal, enquanto o Duo Onda Musical atua no palco Tasquinhas, também à meia-noite.
Na quarta-feira, véspera de feriado, sobem ao palco principal Soraia Cardoso às 22:30 e Ruizinho de Penacova à meia-noite. O certame encerra a programação musical do dia com Dream On, no palco Tasquinhas, à meia-noite.
Na quinta-feira, dia 24 de julho, não se realizam concertos. Nesse dia, pelas 18:00, sai da Igreja Paroquial de Condeixa a procissão em honra de Santa Cristina, momento tradicional e simbólico das festividades.
No âmbito das festividades, realiza-se também, no sábado, a 43.ª edição do Festival de Folclore Nacional do Grupo Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo de Condeixa, com início às 19:30.
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