Coimbra

Fundo Coimbra Viva com todos os imóveis com projeto em desenvolvimento ou em obra

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 17-07-2025

O fundo Coimbra Viva, que junta entidades privadas e públicas, tem todos os imóveis na sua posse em obra, em licenciamento ou em desenvolvimento de projeto, depois de adquiridas parcelas desde 2024, que permitiram desbloquear processos.

O Coimbra Viva é proprietário, neste momento, de 26 imóveis, concentrados na zona de influência da futura via central, por onde irá passar o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).

Conta com prédios na rua da Nogueira, da Moeda, Direita e João Cabreira, disse à agência Lusa fonte oficial da sociedade privada Fundbox, que gere o fundo.

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“Todos os imóveis do fundo, ou estão com obras em curso ou estão em fase de desenvolvimento dos projetos. A exceção são as duas frações habitacionais já reabilitadas [que ainda não foram vendidas, estando uma delas arrendada]”, acrescentou.

O processo mais conhecido centra-se na construção de uma residência de estudantes no quarteirão da Nogueira, cuja empreitada está já em curso depois de um aumento de capital da Câmara de Coimbra no fundo.

Já foram feitas “todas as demolições possíveis”, afirmou fonte do Fundbox.

Segundo a mesma fonte, os trabalhos arqueológicos, que começaram quando a obra foi consignada, em janeiro, têm condicionado o avanço das obras, que tinham um prazo de execução de 15 meses, não sendo previsível que a futura residência possa abrir no arranque do ano letivo 2026/2027, ao contrário do que era expectável.

Esta é uma área “de elevada sensibilidade patrimonial”, esclareceu.

Fonte do Fundbox explicou que a DukeDorm será “o operador da residência” que terá 62 estúdios e, apesar de ainda não avançar com os preços que serão praticados, afirmou que se pretende “uma oferta de alojamento estudantil de qualidade, bem localizada e a preços acessíveis”.

A mesma operadora está a desenvolver um projeto de uma residência de estudantes e um hotel em Leiria, num terreno que pertence a um fundo de investimento também gerido pela Fundbox, num investimento de dez milhões de euros, referiu.

Recentemente, foram integrados no fundo dois imóveis, um na rua João Cabreira e outro na rua da Nogueira, comprados pelo município por 646 mil euros, que permitiram “desbloquear o interior do quarteirão da Nogueira” para uma segunda fase de expansão da residência de estudantes.

“Iremos iniciar o licenciamento da ampliação, enquanto decorrem as obras da fase 1. No entanto, o objetivo é o de que no final seja apenas uma residência, com as duas fases integradas”, disse fonte do FundBox, referindo que a segunda fase envolve um total de dez prédios.

Junto à via central, um conjunto de três prédios também tem projeto em licenciamento, depois de em 2024 o fundo ter adquirido as “duas parcelas que faltavam” para o processo avançar.

Na rua Direita, há um projeto que envolve dez prédios, em que foi possível aumentar a escala do projeto, depois de terem entrado no fundo três prédios em 2024 e a aquisição, já este ano, de um outro imóvel, conseguindo-se agora “avançar com o licenciamento”.

Além dos projetos em curso, o Coimbra Viva já vendeu um total de 14 apartamentos de imóveis reabilitados pelo fundo no passado, o que se traduziu num valor de vendas bruto de cerca de 2,2 milhões de euros.

Segundo fonte do FundBox, o valor das vendas, “após pagamento dos distrates e de comissões de mediação, permaneceu no fundo”.

Questionada pela Lusa sobre perspetivas de alargar a carteira de imóveis na Baixa, a FundBox disse que, neste momento, “está focada nas obras em curso”, assim como nos projetos em desenvolvimento.

O fundo, criado em 2011 para atuar numa zona delimitada da Baixa da cidade, tem como participantes institucionais a Câmara de Coimbra e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), permitindo também a participação de investidores privados e detentores de imóveis.

Em 2024, após o aumento de capital do fundo por parte do município, a Câmara de Coimbra passou a deter 73% do capital do Coimbra Viva.

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