Falar sozinho é mais comum do que se pensa — e longe de ser sinal de desequilíbrio, pode ser um poderoso aliado da mente. Este hábito, conhecido como solilóquio, é usado por milhões de pessoas como forma de organizar pensamentos, regular emoções e até treinar a memória.
De acordo com especialistas, falar consigo próprio pode funcionar como um ensaio verbal, facilitando a aprendizagem, a tomada de decisões e o processamento de informações complexas. É também uma forma eficaz de simular interações sociais, preparar discursos difíceis ou acalmar a ansiedade.
“Falar sozinho ajuda-nos a pensar sobre o que pensamos”, explica o psicólogo Pereira, referindo-se ao conceito de metacognição — ou seja, a capacidade de refletir sobre os próprios processos mentais.
PUBLICIDADE
Além disso, o solilóquio pode ser uma resposta à solidão ou ao stress, funcionando como um mecanismo natural de autorregulação emocional. Pessoas que passam muito tempo sozinhas, por exemplo, tendem a recorrer mais a este tipo de diálogo interno, pode ler-se na Forever Young.
No entanto, há limites. Falar sozinho só se torna um problema quando começa a interferir na vida diária, impedindo tarefas normais ou afetando relações interpessoais.
Conclusão: longe de ser um comportamento excêntrico, o monólogo interno é, na verdade, uma ferramenta cognitiva essencial — desde que usado com equilíbrio.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE