Mais de 6200 vítimas de violência doméstica estão atualmente protegidas por um sistema de teleassistência — conhecido como botão de pânico — que permite detetar a aproximação do agressor e acionar automaticamente as autoridades em caso de perigo.
Os dados, atualizados até 1 de junho, revelam que 6232 pessoas beneficiam deste mecanismo, que tem sido uma ferramenta crucial na prevenção de situações de maior risco.
Contudo, apesar da importância deste recurso, especialistas alertam que ele nem sempre é suficiente para evitar desfechos trágicos. O controlo à distância dos agressores, que poderia complementar a proteção das vítimas, continua a ser aplicado de forma muito mais limitada.
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Segundo números mais recentes fornecidos ao Correio da Manhã pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, apenas 1628 arguidos por violência doméstica estavam, a 3 de julho, sujeitos a vigilância eletrónica através de pulseira eletrónica. Já no caso de crimes de perseguição, o número é ainda mais reduzido: apenas sete pessoas estavam a ser monitorizadas eletronicamente.
Esta disparidade entre o número de vítimas protegidas e de agressores vigiados levanta preocupações quanto à eficácia da resposta judicial e preventiva nestes casos. Especialistas defendem que é necessário reforçar o uso de medidas tecnológicas não apenas para proteger as vítimas, mas também para garantir o controlo ativo dos suspeitos de agressão.
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