O Tribunal de Aveiro começou esta manhã, 8 de julho, a leitura do acórdão do caso que envolve Fernando Valente, acusado da morte de Mónica Silva, grávida de sete meses, desaparecida a 3 de outubro de 2023 na Murtosa. Fernando Valente foi absolvido da morte de Mónica Silva.
A mãe de Mónica, visivelmente emcionada e revoltada, diz que a “juíza não é mãe” e que “está a favor do assassino”.
A juíza responsável anunciou desde o início que o acórdão é extenso e que não será feita a leitura integral do documento, mas sim dos pontos essenciais.
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Logo no arranque, Fernando Valente foi chamado ao centro da sala de audiências, onde se manteve de pé enquanto eram enunciados os factos considerados provados pelo coletivo de juízes e jurados.
O tribunal deu como provado que existia uma relação íntima entre Fernando Valente e Mónica Silva, ainda que o arguido não a considerasse uma namorada, mas alguém com quem mantinha relações sexuais ocasionais. Foram trocadas diversas mensagens via Messenger e SMS, bem como comunicações através de um novo número de telemóvel, adquirido especificamente para manter o contacto discreto com a vítima.
Os veículos referidos na acusação foram usados nos dias relevantes, incluindo no dia 3 de outubro, data em que ocorreu o último encontro entre ambos. O encontro entre Fernando e Mónica teve lugar na noite de 3 de outubro de 2023, bem como foram encontradas notas falsas dentro da residência de Fernando Valente, elemento também validado durante a investigação.
Também foi dado como provado que os encontros entre os dois eram mantidos em segredo e que existiram contactos continuados antes do desaparecimento da jovem.
A irmã de Mónica chegou ao tribunal às 10:22, e poucos minutos depois, às 10:27, entrou também a tia da vítima, ambas visivelmente emocionadas. A sala de audiências está composta, com amigos, familiares e jornalistas atentos à leitura da sentença que poderá culminar com a condenação máxima de 25 anos de prisão — a pena mais grave prevista na legislação portuguesa.
Contudo, o tribunal não consegue provar que as imagens captadas de um carro sejam o do Mercedes de Manuel e Fernando Valente, bem como não foi dado como provado que Fernando foi buscar Mónica a casa naquela noite de outubro.
A morte de Mónica ficou por provar, bem como que Fernando Valente era o pai do bebé que Mónica carregava no ventre.
Não há provas diretas e indiretas da morte, bem como da ocultação e profanação de cadáver. Os dados de localização celular são inconclusivos.
(EM ATUALIZAÇÃO)
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