O décimo aniversário da Companhia da Chanca é celebrado com um conjunto de espetáculos disseminados pelas aldeias e vilas das freguesias de Penela, no distrito de Coimbra, em julho e setembro, anunciou a organização.
A quinta edição do ciclo Dentro da Casa, À Beira da Aldeia serve este ano para assinalar dez anos de atividade da companhia fundada em 2015 por André Louro e Catarina Santana, artistas lisboetas que se mudaram para a aldeia da Chanca, no concelho de Penela, e ali criaram uma estrutura cultural profissional.
Criado em 2021, ainda em pandemia, o ciclo Dentro da Casa, À Beira da Aldeia, arrancou no meio da indefinição, mas conseguiu afirmar-se.
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“Naquela altura parecia difícil imaginar a continuidade do festival. Mas sabemos que demos resposta a uma necessidade real: a de promover eventos culturais em territórios pouco povoados, os que mais carecem de atenção na área da cultura””, recordaram André Louro e Catarina Santana, em comunicado.
A proposta que leva espetáculos às freguesias de Penela, caracterizadas pela baixa densidade populacional, tem-se consolidado e, “hoje, pode dizer-se, com confiança, que se criou um público para estes espetáculos”, afirmaram os diretores artísticos.
Em 2025, a Companhia da Chanca volta a levar teatro, cinema, música e circo às freguesias de Penela, já a partir de sexta-feira, numa programação repartida por duas fases.
Primeiro, lugar ao cinema, com a presença do realizador Rui Simões – premiado em 2024 como Prémio Sophia Carreira -, que apresenta na vila do Espinhal o documentário “No país de Alice”, sobre o Portugal de hoje.
No final das tardes dos dias 12 e 13 há circo e teatro físico com “Quantos flamingos são precisos para fazer uma festa?”, a mais recente produção da companhia Coração nas Mãos, que vai ao Espinhal e a Chanca, respetivamente.
O ciclo Dentro da Casa, À Beira da Aldeia exibe depois no Espinhal, no dia 25, “As sete mil portas”, de Tiago Cravidão, realizador que vai falar da longa-metragem filmada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra/ULS Coimbra.
Para os dias 26 e 27 estão prometidos concertos de “As Quatro Estações de Vivaldi”, por Inês Vaz e Pedro Santos, numa transcrição para acordeão realizada pelos dois instrumentistas, a ouvir no Espinhal e na Chanca, também ao final da tarde.
A programação regressa em setembro com o belga Bernard Massuir como convidado especial para apresentar “Salto vocale – One man concerto” em Penela, Podentes, Grocinas, Rabaçal e Espinhal, entre os dias 17 e 21.
No espetáculo que encerra o Dentro da Casa, À Beira da Aldeia, Massuir junta música e ‘clown’, levando o público “a territórios sonoros inéditos e insólitos”, com manipulações “como num número de circo acrobático”, “sem texto, com cânticos e impressionantes e improvisações cómicas”, descreveu a Companhia da Chanca.
O ciclo é organizado pela Companhia da Chanca em coprodução com a Casa Família Oliveira Guimarães.
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