Coimbra

“Se não houver um edifício digno, não haverá Bienal nem Solo Show em 2027”

António Alves | 11 horas atrás em 06-07-2025

O diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), Carlos Antunes, reconheceu que é “ultrajante” para a Anozero desconhecer o local onde possa realizar a mostra em termos definitivos.

Em entrevista ao NDC, o arquiteto fala na necessidade de se ultrapassar este problema, já que foi possível manter o edifício do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova para a edição de 2026.

Para o ano seguinte (2027), uma coisa é certa: “se não houver um edifício digno, não haverá Bienal nem Solo Show”.

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“É preciso encontrar uma solução definitiva. Se o projeto é tão acarinhado e tão reconhecidamente como um dos mais importantes projetos da cidade de Coimbra e do país, então tem que ser resolver o problema da sua infraestrutura”, disse.

Carregue na imagem para ver mais fotos do encerramento do Solo Show 2025

Carlos Antunes revelou que só foi possível garantir uma nova equipa de curadores de renome internacional para a edição de 2026 quando houve a confirmação dessa vontade em ceder as instalações do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

“Os curadores que vão estar aqui podem fazer qualquer Bienal do mundo. Estamos a falar da primeira divisão. Não lhes posso dizer que não têm um sítio” lembrou.

Veja o Direto NDC com Carlos Antunes

Do lado da Universidade de Coimbra, o vice-reitor Delfim Leão afirmou que a Bienal tem crescido “de uma forma que eu diria que só temos uma via possível, que é continuar a crescer bem”.

A questão do espaço definitivo preocupa, mas o responsável pela pasta da Cultura na Reitoria da Universidade de Coimbra mostrou-se disponível para, em conjunto com o CAPC e o Município de Coimbra, encontrar um espaço igualmente digno “que nos permita manter esse caminho ascensional”.

Veja o Direto NDC com Delfim Leão

José Manuel Silva, presidente da câmara de Coimbra, afirmou que não houve dificuldade em obter a aprovação, por parte do promotor do futuro hotel naquele edifício, da utilização do espaço histórico para realizar a Bienal de 2026.

“O que é importante é que, ano após ano, nós vamos garantindo as condições para a Bienal ano zero crescer e se afirmar e nisso estamos todos empenhados”, frisou o autarca.

Veja o Direto NDC com José Manuel Silva

As declarações foram efetuadas no encerramento da exposição “A fábrica das sombras”, da autoria dos canadianos Janet Cardiff e George Bures Miller, e que contou com mais de 15 mil visitantes durante mais de dois meses no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

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