Coimbra

Motoristas dos SMTUC dão “tréguas” e desconvocam greve. Governo tem até setembro para negociar

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 9 horas atrás em 01-07-2025

Os motoristas dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) realizaram esta terça-feira, 1 de julho, um plenário geral, na sequência de um pedido feito pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) ao Conselho de Administração da empresa pública no passado dia 27 de junho.

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A reunião foi marcada para as 8:00.

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Do plenário geral de trabalhadores, resultou a desconvocação da greve em curso até ao próximo dia 1 de setembro.

Luísa Silva, representante do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), confirmou a decisão, sublinhando que o movimento sindical pretende dar um voto de confiança ao novo Governo, esperando abertura para o início das negociações relativas à valorização das carreiras dos trabalhadores do setor.

“A greve está a ter consequências para os trabalhadores e para a população, e queremos evitar isso. Foi decidido em plenário desconvocar o protesto até setembro. Damos assim um tempo ao Governo para iniciar as negociações”, afirmou Luísa Silva.

A sindicalista recordou que os trabalhadores participaram na manifestação da passada sexta-feira em Lisboa, onde voltaram a exigir a implementação de uma carreira específica, com tarefas definidas, progressão salarial e o reconhecimento como agentes únicos. Segundo o STAL, a proposta unificada foi subscrita por todos os sindicatos representados no SMTUC e enviada ao Governo, mas ainda não obteve resposta.

Luísa Silva destacou ainda que os assistentes operacionais auferem atualmente o salário mínimo nacional, um valor que considera manifestamente insuficiente face às exigências da função. “Antes da reestruturação de carreiras, ganhavam mais cerca de 400 euros. Houve uma perda real que queremos reverter”, afirmou.

Está já agendado um novo plenário para 1 de setembro, que contará com a participação de trabalhadores dos transportes municipalizados da Nazaré e do Barreiro, presencialmente ou por via digital. Nessa reunião, serão decididas novas formas de luta, que poderão passar por paragens estratégicas durante a campanha eleitoral para as autárquicas, caso não haja avanços por parte do Executivo.

“Esta não é só uma luta dos trabalhadores de Coimbra. É uma luta nacional por serviços públicos valorizados e por justiça salarial nos transportes municipalizados”, concluiu Luísa Silva.

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