Segundo o relatório Digital 2025 de DataReportal, a 89 % de portugueses já utilizam a internet, e há 14,26 milhões de ligações móveis, representando 135 % da população ativa em redes móveis. Estes números confirmam que o digital já não é apenas uma ferramenta, mas o cerne do tempo livre e do lifestyle em Portugal.
A nova rotina do lazer digital
Com quase nove em cada dez portugueses conectados, o lazer digital tornou-se parte inerente do quotidiano. As plataformas móveis e de streaming deixaram de ser meros entretimentos ocasionais para se tornarem estruturas fundamentais da rotina e dos hábitos culturais.
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A expansão da banda larga fixa, 94 % das famílias portuguesas tinham acesso em 2023, aliada a redes móveis cada vez mais rápidas, mudou radicalmente a forma como se consome conteúdo. Já não se trata apenas de ver uma série no sofá, mas de saltar entre vídeos curtos no TikTok durante uma viagem, ouvir podcasts enquanto se cozinha, partilhar memes numa conversa de grupo, ou procurar serviços de acompanhantes portugueses antes de ir dormir.
Do entretenimento à conexão social
O smartphone, nesse contexto, tornou-se o centro do entretenimento digital. Jogos casuais, redes sociais e aplicações de produtividade ou lazer competem por atenção no mesmo ecrã. Muitas vezes, o utilizador português alterna entre tarefas: joga enquanto ouve música, responde mensagens enquanto vê uma série, ou consulta notificações durante uma chamada. Esse padrão de uso cria um ambiente de lazer fragmentado, adaptado a pequenos espaços de tempo — entre reuniões, nos transportes, antes de dormir.
Esta realidade digital também influencia a forma como os portugueses se relacionam. O convívio presencial deu lugar a uma socialização mediada por algoritmos: grupos de WhatsApp substituem jantares, chamadas de vídeo encurtam distâncias físicas, comunidades de gaming servem como espaços de pertença. No entanto, essa constante conectividade traz desafios: estudos nacionais e internacionais apontam para o aumento da ansiedade digital, da fadiga de ecrã e da sensação de dependência tecnológica.
Plataformas e preferências: como se consome o tempo livre
O consumo de conteúdo digital em Portugal é reflexo de uma sociedade cada vez mais conectada e segmentada nos seus hábitos. Plataformas como YouTube, Instagram e TikTok lideram o cenário digital, com percentagens de utilização superiores a 70 % entre utilizadores online. Esta popularidade revela uma preferência clara por conteúdos curtos, visuais e interativos.
Por outro lado, os serviços de streaming por subscrição, como Netflix, HBO Max ou Spotify, continuam a ocupar um lugar central no lazer digital, com os portugueses a distribuir o seu tempo entre séries, documentários, música e podcasts. Este consumo é personalizado, multitarefa e acompanha o utilizador ao longo do dia.


E precisamente, se falarmos de horários para desligar da rotina, os dados fornecidos pela plataforma SE Portugal são um claro reflexo da nossa sociedade. Entre janeiro e junho de 2025, os maiores volumes de tráfego foram registados entre as 14h e as 16h (com pico às 15h) e novamente entre as 22h e as 23h, o que indica uma forte integração com momentos de pausa e relaxamento para procurar acompanhantes no Porto no quotidiano digital português.
Quem está do outro lado do ecrã?
O perfil do utilizador português reforça a centralidade do digital no lazer contemporâneo. Segundo os dados analisados de SE Portugal, a esmagadora maioria dos acessos é feita por dispositivos móveis (87 %), refletindo a mobilidade e acessibilidade como características dominantes deste consumo.
O tempo médio de interação por utilizador é de 4 minutos, o que indica não apenas curiosidade, mas envolvimento.
Demograficamente, os homens representam 68 % da base ativa, sendo as faixas etárias entre os 25 e os 54 anos as mais representadas. Este dado coincide com o perfil do utilizador digital médio em Portugal: urbano, adulto e digitalmente fluente.
Para além disso, cidades como Lisboa, Porto e Montijo destacam-se como os principais centros de acesso, reforçando a predominância das grandes áreas urbanas no interesse em encontrar acompanhantes Coimbra, por exemplo.
Desafios e o futuro do lazer digital
Em resposta, começam a emergir hábitos de “detox digital” em Portugal. Desde aplicações que limitam o tempo de uso até momentos de pausa consciente, como dias sem telemóvel ou períodos offline ao fim de semana. Uma parte crescente da população tenta equilibrar a liberdade proporcionada pelo mundo digital com a necessidade de desconexão.
Portugal vive hoje um tempo livre profundamente moldado pelo digital: do sofá ao smartphone, do ecrã grande ao pequeno. O desafio está em garantir que este novo modelo de lazer seja saudável, enriquecedor e sustentável a longo prazo. A verdadeira questão, no entanto, é saber como evoluirá este estilo de vida nos próximos anos, e que papel cada português quer desempenhar nessa transformação.
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