Margarida Lopes é uma jovem artesã que transforma fimo em brincos únicos, feitos à mão. O que começou como um hobby tornou-se também uma forma de apoiar financeiramente o seu doutoramento em Arquitetura na Universidade de Coimbra.
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“Em parte, é uma necessidade,” explica Margarida. “Sou estudante de doutoramento em Arquitetura. Passamos muitas horas ao computador e este projeto surgiu da minha vontade de voltar a trabalhar com as mãos, como fazíamos nas maquetes durante o curso.”
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Os brincos são feitos com fimo, uma espécie de plasticina que endurece no forno. Cada peça é moldada e montada manualmente por Margarida, numa variedade de formas e cores. A escolha do material também exige sensibilidade e técnica:
“Algumas massas são mais fáceis de trabalhar do que outras, dependendo da cor. Há massas mais maleáveis que, por isso mesmo, se tornam mais difíceis de moldar com precisão.”, explica.
O projeto começou por necessidade, mas cresceu como forma de ocupar o pouco tempo livre que a jovem ainda consegue encontrar.
“O meu doutoramento surgiu como continuação do meu mestrado, que foi feito em Singapura. Para conseguir ir até lá, comecei a fazer brincos para ajudar a custear a viagem. Sempre fui educada, nos escoteiros, a angariar fundos — vendíamos canetas para financiar acampamentos. Esta experiência foi determinante para esta iniciativa.”
A reação do público tem sido muito positiva. Margarida destaca especialmente o contacto com os mais novo.
“Já participei em feiras com muitas crianças e foi maravilhoso. As mães vêm por causa das crianças e acabam por encontrar também modelos para elas. Tenho peças mais delicadas, pensadas para os mais pequenos, e outras para adultos.”
Pensando nas diferentes necessidades dos clientes, Margarida também adaptou os seus materiais:
“Muitas pessoas pediam brincos com material anti-alérgico. Os mais recentes já são feitos com esse cuidado”, explica.
Esta é a primeira participação de Margarida na Feira Popular de Coimbra.
Veja o direto do Notícias de Coimbra:
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