Um grupo de cidadãos reuniu-se esta segunda-feira, 23 de junho, à porta do Convento de São Francisco, em Coimbra, em protesto contra o abate de 11 jacarandás na Rua Lourenço de Almeida Azevedo, no âmbito das obras do Metro Mondego.
Margarida Pedroso de Lima, docente universitária e psicoterapeuta, é a porta-voz do movimento e vai intervir na Assembleia Municipal para apelar à suspensão da decisão.
“Estamos aqui apenas para defender de forma pacífica estas árvores e procurar soluções alternativas”, afirmou Margarida Pedroso de Lima, que reforçou o apelo por uma Coimbra mais verde, sustentável e “flexível”.
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Segundo um estudo encomendado pela autarquia, 9 das 11 árvores apresentam sinais de doença ou fragilidade estrutural e duas outras serão removidas por interferirem com o traçado do projeto de mobilidade. Ainda assim, os manifestantes exigem uma reavaliação independente.
“É necessária outra análise, isenta. Nós não eliminamos uma vida apenas porque está doente. Quando um filho ou uma mãe está doente, não os abatemos, cuidamos. É isso que pedimos para estas árvores: cuidado e respeito”, declarou a porta-voz.
A intervenção deverá decorrer ainda hoje na sessão da Assembleia Municipal, onde estarão presentes representantes do executivo camarário e da Metro Mondego.
Ao longo da rua, os jacarandás floridos continuam a atrair o olhar de quem por lá passa. No chão, pétalas violetas misturam-se com mensagens simbólicas deixadas por ativistas, numa tentativa de alertar para o impacto emocional e ecológico da sua possível remoção.
Apesar das justificações técnicas, o grupo de cidadãos espera que o debate seja reaberto e que a autarquia considere alternativas à destruição. “Estamos fartos de um mundo onde tudo se resolve com demolições e cortes. Acreditamos que é possível fazer diferente”, concluiu Margarida Pedroso de Lima.
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