Nas profundezas da serra que abraça o Rio Ceira, entre vales escarpados e penedos antigos, vivem histórias que desafiam o tempo. São as lendas das Terras do Açor, narrativas ancestrais que se entrelaçam com paisagem e alimentam a memória coletiva das populações locais, mantendo viva a aura mística da região.
No Cerro da Candosa, no concelho de Góis, ergue-se uma das mais emocionantes histórias: o romance proibido entre uma princesa moura e um príncipe cristão, separados pelas guerras e tradições, unidos apenas pelo amor. A fuga desesperada dos dois termina tragicamente quando ambos caem ao rio. Diz-se que, naquele dia, foram vistos como duas rosas a boiar, símbolo eterno de um amor que a terra não pôde acolher, mas que as águas do Ceira eternizaram.
Mais abaixo, a Levada dos Mouros guarda outra memória: dois cavaleiros rivais, apaixonados pela mesma donzela, competem pela sua mão. Dessa rivalidade nasceram construções lendárias — um castelo e uma levada — esta última associada à antiga levada romana que ainda acompanha o curso do rio. É uma lenda de paixão, disputa e engenho, que liga o imaginário à própria estrutura física da terra.
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Já na Buraca dos Mouros, ecoa o grito silencioso da sobrevivência. Durante uma invasão moura, uma mulher e os seus filhos teriam encontrado refúgio na Lapa da Fonte, local que ainda hoje está associado a uma antiga mina. Entre medo e esperança, essa gruta tornou-se símbolo de proteção, resistência e fé no futuro.
Estas histórias, que constam no Guia dos 114 Locais Únicos da Região de Coimbra, são passadas de geração em geração, não são apenas contos. São raízes invisíveis que ligam as pessoas ao território, transformando pedras, águas e caminhos em guardiões de segredos ancestrais.
Em tempos de modernidade acelerada, as lendas das Terras do Açor lembram-nos de que a história vive também na imaginação, e que cada curva da serra pode guardar um mito à espera de ser redescoberto.
Com tantas lendas e mitos, é preciso saciar a fome para continuar a ouvir mais. O Restaurante Fora D’Horas, localizado em Góis, destaca-se como uma voz autêntica da cozinha local, conquistando uma opinião média de 4,7/5 no TripAdvisor, posicionando‑se em 4.º lugar entre sete restaurantes na vila.
O Fora D’Horas funciona como um ponto de encontro essencial para quem explora Góis: combina sabor regional autêntico, boa avaliação e ambiente acolhedor. Ideal para refeições após um dia na natureza, seja na praia fluvial, em trilhos ou no camping.
Para descansar, localizada em Pena, no concelho de Góis, a Casa da Cerejinha, de acordo com o Booking, oferece um refúgio idílico com vista para as montanhas e envolvida na tranquilidade do Rio Ceira. Construída em 1910, esta casa de xisto — com atmosfera rústica autêntica — oferece uma experiência longe do reboliço urbano, onde o silêncio da natureza é o principal som.
A Casa da Cerejinha destaca-se como uma escolha excepcional para casais ou famílias que procuram uma escapadela autêntica ao ar livre, com conforto moderno e a serenidade oferecida por uma casa de xisto tradicional. A elevada satisfação dos hóspedes confirma a qualidade da estadia — desde os detalhes do acolhimento até à envolvência natural e infraestrutura disponível.
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