O Mercado do Calhabé, em Coimbra, volta a ser palco de celebrações comunitárias nos dias 21 e 22 de junho, com duas festas que prometem trazer animação, sabores típicos e reforçar os laços entre freguesia e comunidade.
Em entrevista ao Notícias de Coimbra, o presidente da União das Freguesias de Coimbra, João Francisco Campos, destacou o propósito destas atividades: dinamizar o espaço, valorizar a tradição e atrair novos visitantes.
A festa começa já no sábado, 21, com a recriação das tradicionais Fogueiras de São João, que João Francisco Campos recorda com nostalgia: “Lembro-me perfeitamente de vir cá, quando era mais novo e vivia na Rua do Teodoro, na altura dos santos populares. Havia sempre animação.”
PUBLICIDADE
Este ano, por motivos de segurança, não haverá fogueira real, mas a animação está garantida com a atuação do Grupo Etnográfico da Região de Coimbra, pelas 20:30, e mais tarde, a partir das 21:30, um baile com o teclista Síncopa, até à meia-noite.
A festa inclui ainda oferta gratuita de sardinhas, febras, bifanas, pão e broa, com o apoio dos Forcados Académicos de Coimbra, responsáveis pela grelha e bar. “Vamos comprar 100 kg de sardinha e 150 kg de carne para oferecer à população”, garantiu o presidente. A iniciativa conta ainda com o apoio das Águas de Coimbra, que disponibilizará pontos de água gratuitos.
No domingo, 22, o ambiente muda para ritmos e tradições brasileiras com a Festa Junina, uma celebração típica do Brasil com raízes nos santos populares portugueses. “São festas que os portugueses levaram para o Brasil, sobretudo para o Nordeste, e que hoje são muito características do povo brasileiro”, explicou João Francisco Campos.
O evento começa ao meio-dia com uma roda de samba, seguida de aulas e atuações de forró, além de DJ e animação para todas as idades. Embora a entrada continue a ser gratuita, a comida e bebida típica brasileira estarão disponíveis a preços acessíveis, recriando fielmente o ambiente de um verdadeiro arraial nordestino.
Para o presidente da Junta, estas iniciativas são também uma forma de dar visibilidade ao Mercado do Calhabé, que muitos já não sabem estar em funcionamento. “Quando recriámos as fogueiras pela primeira vez, houve quem dissesse que nem sabia que o mercado ainda existia”, contou.
Hoje, o espaço acolhe um mercado biológico às terças à noite e aos sábados, além de lojas ainda em atividade, como a peixaria, talho, retrozarias e olaria. “Queremos que as pessoas se lembrem que o mercado está aqui e venham visitar-nos, mesmo fora das festas”, sublinhou.
O convite fica feito: este fim de semana, Coimbra celebra os santos populares com tradição, cultura brasileira, convívio e muita animação, no coração do Calhabé.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
