O antigo líder socialista Eduardo Ferro Rodrigues declarou o seu apoio ao candidato único a secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, e apelou aos militantes para que, nas próximas eleições internas, mostrem a “sua confiança e unidade”.
Numa nota enviada à agência Lusa, o também antigo presidente da Assembleia da República refere que “José Luís Carneiro teve a coragem e determinação para avançar” com uma candidatura à liderança do PS.
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“Como antigo secretário-geral também eleito em circunstâncias muito difíceis e desafiantes, quero deixar a José Luís Carneiro uma palavra de apoio. E um apelo para os militantes do PS exprimirem através do seu voto a sua confiança e unidade”, afirma.
O deputado José Luís Carneiro é candidato único às eleições diretas para secretário-geral do PS, marcadas para 27 e 28 de junho para escolher o sucessor de Pedro Nuno Santos, que se demitiu após o desaire nas legislativas.
A data-limite para apresentar a candidatura a estas eleições terminou hoje e, como já era expectável, José Luís Carneiro foi o único a avançar para esta corrida eleitoral interna, confirmou à agência Lusa fonte oficial do PS.
Um dia depois da pesada derrota do PS nas eleições legislativas de 18 de maio, que ditou a demissão de Pedro Nuno Santos logo na noite eleitoral, o ex-ministro sinalizou, numa nota enviada à Lusa, que estaria disponível para servir o PS e Portugal e considerou que o partido devia fazer “uma reflexão profunda” e abrir um novo ciclo.
Na apresentação da candidatura, que decorreu no fim de semana na sede do PS, em Lisboa, José Luís Carneiro apelou à união interna no partido, sem “golpes recíprocos” ou ficar a olhar para dentro, assegurando que não fará “ataques pessoais e superficiais na praça pública”.
No mesmo discurso prometeu que, sob a sua liderança, o PS será “determinado e enérgico na oposição” perante o que considerar retrocessos, mas também não terá receio em “promover consensos democráticos”.
Nas eleições legislativas de 18 de maio, o PS ficou reduzido a 58 deputados e passou a ser a terceira força política no parlamento, apesar de se manter em segundo lugar em termos de percentagem de votos, por uma curtíssima margem de distância em relação ao Chega.
As eleições diretas para escolher o novo secretário-geral do PS vão decorrer em 27 e 28 de junho, como previa o calendário proposto pelo presidente do partido, Carlos César, que foi aprovado na Comissão Nacional de 24 de maio com 201 votos a favor e cinco contra.
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