Dourado, amanteigado e irresistível. O croissant é uma das estrelas de qualquer pequeno-almoço de hotel ou padaria, muitas vezes servido ao lado de um cappuccino. Mas apesar do sabor e da aparência apetecível, este ícone da pastelaria francesa pode ser, na verdade, uma das piores escolhas quando o objetivo é manter-se saciado.
Um estudo conduzido pela Universidade de Sydney, ainda em 1995, revelou que o croissant ocupa o último lugar no Índice de Saciedade, uma escala que mede o quão satisfatórios os alimentos são, caloria por caloria. Ou seja, poucas horas depois de saborear um croissant, é muito provável que a fome volte com força — não é falta de força de vontade: é simplesmente o que o corpo sente.
O estudo avaliou 38 alimentos comuns, servindo porções de 240 calorias a um grupo de voluntários. Depois, analisaram quanto tempo os participantes levavam até sentirem fome novamente. O pão branco, com pontuação fixada em 100, serviu como referência. Os alimentos que ultrapassaram essa marca mostraram-se mais saciantes. Os que ficaram abaixo… bem, como o croissant, falharam.
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No topo da lista? Batatas cozidas, seguidas por alimentos como peixe, aves e frutas. O croissant, com toda a sua gordura e farinha refinada, ficou em último, por conter pouca proteína, quase nenhuma fibra, e uma densidade calórica que engana o estômago, descreve a ZME Science.
A saciedade, explicam os investigadores, depende de uma combinação complexa: volume, peso, conteúdo de fibra, proteína, teor de água e textura. Comer algo leve, aerado e rico em gordura, como um croissant, envia ao corpo poucos desses sinais de “estou cheio”.
Portanto, da próxima vez que pensar que um croissant é suficiente para aguentar até ao almoço, pense duas vezes. Pode ser uma delícia — mas não vai segurar a fome.
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