Uma nova variante do coronavírus, designada NB.1.8.1, detetada pela primeira vez na China em janeiro deste ano, está a ganhar terreno nos Estados Unidos.
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Dados recentes indicam que esta variante representa cerca de 10% das sequências do SARS-CoV-2 analisadas globalmente, um crescimento considerável face aos 2,5% registados há um mês.
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Apesar de ainda haver apenas 20 casos confirmados nos EUA — número insuficiente para aparecer nos relatórios oficiais dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) — as autoridades mantêm vigilância apertada e trocam informações com parceiros internacionais sobre a evolução da variante, conta o HuffPost.
Especialistas afirmam que os sintomas provocados pela NB.1.8.1 são muito semelhantes aos das variantes anteriores, com tosse seca, congestão nasal, fadiga, febre, dores musculares e garganta inflamada a serem os sinais mais comuns. Não há, até ao momento, evidências que apontem para quadros mais graves ou aumento de hospitalizações.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que mutações da NB.1.8.1 podem aumentar a capacidade do vírus de se ligar às células humanas, tornando-o potencialmente mais transmissível e menos suscetível à ação dos anticorpos neutralizantes. Ou seja, esta variante poderá escapar parcialmente à imunidade adquirida, seja por vacinação ou infeções anteriores.
Sobre a eficácia das vacinas, embora os dados ainda sejam limitados, acredita-se que as vacinas mantenham a capacidade de prevenir formas graves da doença. A NB.1.8.1 deriva da linhagem Ômicron JN.1, incluída na formulação das vacinas para 2024-2025. Assim, a vacinação continua a ser essencial, especialmente para grupos de risco como idosos, imunodeprimidos e profissionais de saúde.
Para quem está em maior risco, é recomendada a atualização da vacinação caso já tenha passado mais de seis meses desde a última dose ou infeção. Na maioria dos casos, quem contrai a NB.1.8.1 pode recuperar em casa, com repouso, hidratação e medicação para aliviar sintomas.
Em situações de maior gravidade, nomeadamente dificuldades respiratórias, dores no peito ou confusão mental, deve ser procurada ajuda médica urgente. Antivirais como Paxlovid e Molnupiravir podem ser prescritos nestes casos e funcionam melhor se iniciados nos primeiros cinco dias após o aparecimento dos sintomas.
A vigilância continua, mas, para já, especialistas mantêm a calma e apelam à manutenção das medidas de proteção e à vacinação regular para controlar o impacto da nova variante.
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