Com o verão à porta e as famílias a prepararem-se para os dias ao ar livre, a escolha de um bom protetor solar torna-se essencial – sobretudo quando estão crianças envolvidas. No mais recente estudo da DECO PROteste, uma marca destinada aos mais pequenos falhou nos testes laboratoriais, colocando em causa a segurança anunciada.
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A organização de defesa do consumidor avaliou 39 protetores solares para o corpo, incluindo 19 específicos para crianças, todos com fator de proteção solar (FPS) 50 ou 50+, como recomendado para peles sensíveis e em idade precoce. No entanto, um dos produtos infantis não cumpre o FPS indicado no rótulo: o Cien Sun Cream Kids SPF 50+, vendido no Lidl, revelou um fator real de apenas 30, muito abaixo do anunciado, revela a entidade.
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Este desvio não é apenas um detalhe técnico. Um FPS abaixo do declarado pode induzir os pais em erro e deixar a pele das crianças vulnerável aos perigos da radiação solar, desde queimaduras até riscos a longo prazo como o cancro de pele.
O produto falhou também na proteção contra os raios UVA, que deve ser, no mínimo, um terço do valor do FPS declarado. A DECO PROteste já reportou o caso ao Infarmed, a entidade responsável pela fiscalização de cosméticos em Portugal.
Apesar deste caso preocupante, todos os restantes produtos testados passaram com sucesso, cumprindo os níveis de proteção tanto para UVB como para UVA. Além disso, a boa notícia é que não é preciso gastar fortunas para garantir uma proteção eficaz.
Entre os melhores protetores solares, há marcas de supermercado que oferecem um desempenho semelhante ao das mais caras, com diferenças de preço que chegam a ultrapassar os 100 euros por cada 200 ml. O selo “Escolha Acertada” da DECO permite aos consumidores encontrar opções eficazes e económicas.
A avaliação foi feita com base em testes laboratoriais e também nas opiniões de 30 consumidores, que analisaram textura, cheiro, absorção e facilidade de aplicação. Quer em spray quer em loção, todos os protetores foram bem recebidos, deixando ao critério do consumidor a escolha do formato mais conveniente.
Ainda assim, há cuidados a ter: evitar aplicar spray diretamente no rosto, proteger os olhos e reaplicar o produto a cada duas horas ou sempre após os banhos.
Ter um bom protetor não chega. A eficácia depende também da quantidade e frequência de aplicação: sete colheres de chá para o corpo e uma só para o rosto, a cada duas horas. O uso adequado desde cedo é crucial. Estima-se que 80% dos cancros de pele estejam ligados a exposições intensas ao sol, especialmente na infância e adolescência.
A DECO PROteste relembra ainda a importância de acompanhar diariamente o índice ultravioleta (IUV), disponível no site do IPMA, como forma de prevenir danos invisíveis que só se manifestam com o tempo.
Perante a avaliação da DECO PROteste, o Lidl emitiu comunicado onde adianta: “A segurança e a qualidade dos artigos, bem como a proteção dos clientes, são preocupações centrais para o Lidl, estando todos os artigos sujeitos a controlos de qualidade exaustivos, ao longo de toda a cadeia de abastecimento”.
“O Lid Portugal informa que o lote 2503 do protetor solar “Cien Sun – Sun cream Kids 200 ml SPF 50+”, que foi verificado nos testes referenciados pela DECO Proteste a produtos de proteção solar não foi vendido, nem está disponível, em Portugal”, indica.
O produto em questão foi rigorosamente controlado pelo fornecedor, pelo Lidl e certificado pela entidade independente AENOR, que atestou a conformidade do fator de proteção (SPF e UVA) indicado na rotulagem do “Cien Sun”, explica a nota.
Todas estas informações foram facultadas à DECO Proteste e ao INFARMED, no sentido de reforçar a confiança na qualidade do produto Cien Sun. O Lidl mantém-se em contacto com o fornecedor, com a entidade certificadora e com todas as entidades responsáveis de forma a esclarecer os resultados, esclarece.
“Antes da venda de qualquer artigo, são efetuados testes em laboratórios externos reconhecidos para garantir que todos os produtos de proteção solar são seguros, adequados e que o FPS (fator proteção solar) é respeitado. Este facto é igualmente confirmado pelos protocolos de fabrico, metodologia de análise e homologação dos fornecedores para a produção e comercialização do referido artigo”, termina.
Notícia atualizada no dia 4 de junho, pelas 12:41
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