Política

Ventura desafia Montenegro a fazer “corte com PS” 

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 dia atrás em 27-05-2025

 O presidente do Chega, André Ventura, desafiou hoje o líder do PSD, Luís Montenegro, a fazer um “corte com o PS” e a negociar com os partidos à direita eventuais alterações à Constituição.

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“A bola agora vai estar na mão, não é só do Chega, estará na mão também do primeiro-ministro, se aceita fazer o corte com o PS, que é um corte, digamos assim, de valor, é um corte também axiomático, é um corte de posição política com a nossa história, ou vai querer continuar nos braços do PS, apesar de o PS já não ser nem sequer o segundo partido mais votado do país”, afirmou.

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O líder do Chega considerou que o PSD deve clarificar “se vai mesmo arriscar cortar com o PS”, salientando a “maioria histórica que os portugueses optaram por dar à direita”.

Ventura assinalou que essa maioria não é “anticonstitucional, porque esta maioria não é contra a Constituição”, mas tem “uma visão diferente da Constituição e acha que devemos ter uma Constituição para todos e não só para alguns”. 

E defendeu que a escolha é “entre manter o ‘status quo’ e tudo igual, apesar da votação, e isso é o mesmo arranjinho entre PS e PSD que assistimos em 50 anos, ou se quer dar o salto, e o salto aqui é um salto qualitativo e um salto de dinâmica política”.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura foi questionado sobre as palavras do candidato à liderança socialista José Luís Carneiro que defendeu que a AD deve escolher o PS como “parceiro de diálogo” nas questões de regime, caso avance a revisão constitucional.

“Vejo isso como algum sinal de desespero do Partido Socialista, ao querer agarrar-se de qualquer maneira e de todas as formas a um lugar que já não tem”, criticou o líder do Chega.

O presidente do Chega disse também que, apesar de ainda não estar concluído o apuramento dos votos dos emigrantes nas eleições legislativas de 18 de maio, que vai definir qual a segunda força parlamentar, entre o Chega e o PS, “têm existido contacto entre as lideranças parlamentares”, e considerou que esse é “um passo importante para que se comece a definir, pelo menos, a base em que o país vai viver nos próximos meses em relação à situação política”.

“É preciso saber como é que fica o quadro político do país, porque uma coisa é o PS continuar a ser o líder da oposição, outra é o Chega tornar-se o partido líder da oposição”, defendeu.

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