Adriana Smith, uma mulher norte-americana de 23 anos, está em morte cerebral, mas o seu corpo continua ligado a máquinas para manter a gestação. Atualmente, a gravidez já vai na 23.ª semana e os médicos do hospital no estado da Geórgia planeiam realizar uma cesariana no final de agosto
Adriana já é mãe de um filho de 7 anos. Em fevereiro, foi diagnosticada com coágulos sanguíneos no cérebro e, poucas horas depois, entrou em morte cerebral.
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Apesar da dor e incerteza, a família afirma que não teve qualquer voz ativa na decisão. De acordo com a lei do estado da Geórgia, é ilegal realizar um aborto após as seis semanas de gestação, impedindo qualquer intervenção médica para interromper a gravidez, explica o site ZAP.
Vamos amá-lo da mesma forma”, diz a mãe de Adriana ao The Guardian. Mesmo com a vontade de ter a criança nos braços, a avó admite que a família “não teve escolha nem voz sobre o assunto”.
Esta situação levou o gabinete do procurador-geral da Geórgia, Chris Carr, a emitir um comunicado esclarecendo que a lei não obriga os médicos a manterem suporte de vida a uma mulher em morte cerebral. Segundo o comunicado, desligar as máquinas não é considerado uma ação para interromper a gravidez.
Por outro lado, há quem defenda a manutenção do suporte. O senador estadual Ed Setzler afirmou que “é completamente apropriado que o hospital faça tudo o que puder para salvar a vida da criança”, argumentando tratar-se de “uma vida humana inocente”.
Este caso, que tem provocado polémica e debate ético nos Estados Unidos, levanta questões legais e morais sobre os limites da intervenção médica em situações extremas durante a gravidez.
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