Coimbra
Greve dos SMTUC obriga passageiros a pagar o dobro: “Passe carregado, mas somos obrigados a gastar mais”

A greve dos transportes urbanos de Coimbra (SMTUC), que arrancou esta segunda-feira, 26 de maio, está a causar fortes transtornos aos utentes que, apesar de terem o passe carregado, estão a ser obrigados a gastar dinheiro extra para se deslocarem.
Cidália é uma dessas passageiras. O Notícias Coimbra encontrou-a à espera de um autocarro da Transdev, depois de mais um dia sem autocarros. “Já sabia da greve, mas pensei que à última da hora houvesse mudanças. Afinal, não. Não temos tido transporte”, lamenta.
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Sem alternativas, foi obrigada a recorrer a uma alternativa. “Vim na Transdev, tive de pagar o bilhete. E agora estou aqui a pagar outro. O passe está carregado, mas somos obrigados a gastar mais dinheiro por causa da greve. Não está correto”, sublinha.
Cidália veio de Montes Claros até ao centro, enquanto a amiga que a acompanhava percorreu o trajeto desde Norte a Matos… a pé. “Não temos viatura própria. Dependemos dos transportes públicos. Isto é dinheiro a mais, tempo a mais, cansaço. E ninguém nos dá explicações.”
Sobre o motivo da greve, a utente não esconde o descontentamento: “A greve é um direito, sim. Mas tudo o que é demais já chateia. Eles têm abusado desse direito. Já andam nisto há mais de um ano. Cinco dias de greve? Devem ganhar bem para aguentar isso.”
Cidália vive na Cruz de Morouços, a cerca de sete quilómetros de onde estava, e teme que esta semana seja marcada por mais caminhadas forçadas ou gastos com transportes alternativos. “Táxi? Não posso. Vou ter de andar a pé. E ninguém está preocupado com isso.”
A greve dos SMTUC deverá prolongar-se até sexta-feira, dia 30, afetando diariamente milhares de passageiros como Cidália — que apenas pedem uma solução justa e urgente para um problema que não causaram, mas que estão a pagar… em esforço, tempo e dinheiro.
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