A greve dos transportes urbanos de Coimbra (SMTUC), iniciada esta segunda-feira, 26 de maio, já está a causar transtornos visíveis na vida de muitos passageiros.
O Notícias Coimbra esteve hoje nas ruas e encontrou Teresa e Isabel, duas utentes que aguardavam há bastante tempo na paragem pelo autocarro número 5 que, até ao momento, não apareceu.
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Apesar de já estarem informadas sobre a greve, as duas mulheres sentem de imediato o impacto da paralisação. “Temos que pagar a camioneta e às vezes não temos dinheiro para comer, para vir para o curso, eles não pagam”, lamenta Teresa.
Isabel acrescenta: “Hoje não conseguimos apanhar nenhum autocarro […] O 5, que é o que precisamos, ainda não passou.”
A preocupação com a saúde também foi tema. Isabel revelou que tem uma consulta importante: “É um exame ao coração que não posso adiar. A médica disse que tenho que fazer o mais depressa possível. Agora, se tiver que vir, vai ser de táxi — e o táxi é caro.”
As críticas dirigem-se ao Governo e à falta de apoio aos utentes afetados: “Era bom que o ministro se lembrasse dos passageiros, porque precisamos dos autocarros. Não somos só nós, há estudantes, pessoas que vão trabalhar… Quem tem carro safa-se, quem é pobre é que sofre.”
A greve dos SMTUC está a ser sentida de forma dura por quem depende diariamente do transporte público. Para Teresa e Isabel, o apelo é claro: “Que o governo resolva isto o quanto antes.”
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