Um novo estudo conduzido pela farmacêutica Gilead Sciences em parceria com a Universidade de Washington sugere que pessoas com herpes labial podem ter um risco acrescido de desenvolver doença de Alzheimer.
A investigação analisou dados de mais de 344 mil indivíduos com Alzheimer, comparando-os com um grupo de igual dimensão sem a doença, apontando para uma possível ligação entre a infeção pelo vírus HSV-1 e a demência.
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Apesar dos resultados, os investigadores alertam para a necessidade de cautela na interpretação dos dados. Tara Spires-Jones, investigadora da Universidade de Edimburgo, sublinha que o herpes labial é uma infeção extremamente comum e que “não é de forma alguma uma garantia de que alguém venha a desenvolver Alzheimer”.
A hipótese levantada aponta para a possibilidade de o vírus HSV-1 potenciar processos inflamatórios no organismo que, a longo prazo, possam contribuir para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
Sheona Scales, da organização Alzheimer’s Research UK, lembra que, independentemente das possíveis associações, “diagnosticar Alzheimer, especialmente nos estágios iniciais, continua a ser um dos maiores desafios da medicina atual”.
Este estudo reforça a importância de compreender melhor os fatores de risco associados ao Alzheimer, uma doença que continua a afetar milhões de pessoas em todo o mundo e cuja origem permanece, em grande parte, por esclarecer.
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