Política

“Atacaram-nos com morteiros e material pirotécnico”. André Ventura diz que foi “perseguido” por pessoas de etnia cigana

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 meses atrás em 23-05-2025

Imagem: Chega / Facebook

O presidente do Chega afirmou hoje que responderá na justiça à queixa lhe foi movida por declarações que proferiu contra a etnia cigana e contra-atacou dizendo que foi perseguido na campanha eleitoral e responderá com outra queixa.

André Ventura falava em conferência de imprensa sobre o facto de o Ministério Público ter aberto um inquérito aos vídeos publicados nas redes sociais que mostram o líder do Chega a criticar a comunidade cigana.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, a denúncia foi recebida pelo Ministério Público e remetida para o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, “onde deu origem a um inquérito”.

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“É importante que fique claro que não foi o Ministério Público que, por sua iniciativa – ou iniciativa da PJ ou de qualquer órgão de polícia criminal – decidiu pela abertura deste inquérito, ou por se considerar existirem indícios de crime de incitamento ao ódio em declarações que tenha feito. O inquérito foi aberto pela queixa e participação de dez associações representativas da comunidade cigana portuguesa nas várias instituições da justiça”, alegou.

André Ventura afirmou depois que nem o Chega nem ele próprio querem estar acima da lei e, como tal, vão sujeitar-se “à mesma lei e ao mesmo escrutínio que todos os portugueses”.

A seguir, o presidente do Chega acusou os membros dessas associações de terem estado em silêncio, quando, durante a campanha eleitoral, ele e dirigentes do seu partido “foram alvo de violência, ameaçados por membros dessa mesma comunidade cigana que cuspiam, que atacavam os veículos do Chega”.

“Atacaram-nos com morteiros e material pirotécnico que passaram a centímetros de mim próprio. Uma distância menos calculada e teríamos uma tragédia”, disse. Durante a campanha eleitoral, o Chega e eu próprio tivemos, por parte desta comunidade, o maior nível de ameaça da nossa História”, sustentou.

 Neste contexto, André Ventura adiantou que vai “entregar também à Justiça” uma queixa.

Uma queixa que será apresentada “no mesmo momento em que este inquérito for levado a cabo e em que eu seja chamado. É preciso que a Justiça e o Ministério Público possam, de uma vez por todas, dizer a esta comunidade que não vive em nenhum regime de exceção em Portugal e que tem de cumprir as mesmas regras que todos os outros. Que não pode ameaçar, que não pode condicionar, que não pode atacar sem que nada aconteça”, acrescentou.

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