Justiça
Testemunha “treme” perante Valente e recua em tribunal. Verdade silenciada no caso Mónica Silva?

Imagem: Redes sociais
O tribunal de Aveiro assistiu esta quinta-feira, 22 de maio, a um momento tenso e inesperado no julgamento relacionado com a morte de Mónica Silva, com o depoimento do homem contratado para limpar o apartamento da Torreira, na Murtosa, onde o crime terá ocorrido.
A testemunha, considerada crucial pela acusação, entrou em contradição relativamente às declarações que prestara na fase de inquérito. Em tribunal, desvalorizou a intervenção feita na habitação, referindo ter-se limitado a “limpar o pó”, sem utilização de produtos ou procedimentos profundos.
No entanto, durante a investigação inicial, o mesmo homem descreveu uma limpeza intensa, realizada com produtos químicos fortes e sem precedentes no local, o que pode revelar tentativa de ocultação de vestígios do alegado homicídio.
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A discrepância levou o advogado da família de Mónica Silva a pedir a extração de uma certidão, com o objetivo de abrir um processo por falsas declarações contra a testemunha, pode ler-se no Correio da Manhã.
Durante o testemunho, o homem mostrou-se visivelmente desconfortável com a presença de Fernando Valente, um dos arguidos do processo, o que motivou a intervenção do tribunal. Por ordem do juiz, Valente foi obrigado a abandonar temporariamente a sala para não influenciar o depoente.
O julgamento prossegue, com a expectativa de mais revelações nas próximas sessões, num caso que tem gerado grande atenção mediática e envolvido várias figuras do círculo pessoal da vítima.
“Vejo um monstro à minha frente”, disse o pai de Mónica Silva ao voltar a ver Fernando Valente.
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