Economia

Reposição artificial de areia na Figueira da Foz começa até final de junho

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 21-05-2025

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) prevê consignar até ao final de junho a empreitada de alimentação artificial de areia entre as praias da Cova-Gala e Costa de Lavos, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da APA, Pimenta Machado, disse que as obras vão ser efetuadas entre os esporões 3 e 5, por lanços, e não afetam a próxima época balnear.

“A empreitada será efetuada numa área muito restrita e as pessoas têm muita praia para usufruírem”, referiu o dirigente, salientando que se trata da “maior intervenção de alimentação artificial de praia alguma vez realizada em território nacional”.

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A intervenção em questão passa por efetuar a dragagem de sedimentos numa zona a norte do molhe Norte do porto da Figueira da Foz e depositá-los nas praias a sul, gravemente afetadas por fenómenos de erosão.

“Uma draga vai retirar areia da Praia da Claridade e depois desloca-se para a zona da Cova-Gala para a depositar na praia através de uma tubagem mecânica articulada”, explicou Pimenta Machado.

Trata-se de uma intervenção de 21,1 milhões de euros que vai permitir a transferência de 3,3 milhões de metros cúbicos (m3) de areia para combater a erosão costeira ao longo de 120 dias de execução.

A redução do prazo da empreitada, que inicialmente era muito superior, deve-se a uma questão processual e operacional do consórcio dinamarquês Rohde Nielsen, a quem foram adjudicados os trabalhos, disse.

“Esta operação visa repor a linha de costa nos níveis de 2011, antes dos impactos erosivos associados ao prolongamento do molhe norte do porto”, acrescentou.

Segundo a APA, a empreitada tem financiamento assegurado pelo Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade e uma pequena comparticipação do Porto da Figueira da Foz e da Câmara Municipal.

O projeto foi sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental e obteve Declaração Favorável Condicionada, sendo sujeito a “programas rigorosos de monitorização e acompanhamento técnico durante toda a operação”, nomeadamente a caracterização das areias e dos seres vivos presentes e o levantamento topo-hidrográfico das praias.

Este processo tem acumulado anos de atraso – foi publicamente anunciado, pela primeira vez em 2019, pelo Governo de então – mas a calendarização estipulada até hoje nunca foi cumprida.

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