Economia

Mais caras do que ouro? Cerejas do Fundão leiloadas a preço de luxo!

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 20-05-2025

 As primeiras cerejas do Fundão, numa caixa com 33 frutos, foram hoje leiloadas por 610 euros, na iniciativa que marcou o início da campanha deste ano, duas semanas atrasada devido às condições meteorológicas.

O leilão foi feito na Praça do Município e a receita reverteu para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Durante a apresentação da Campanha da Cereja do Fundão, o presidente do município, Paulo Fernandes, adiantou que uma das novidades é a cor cereja do Fundão, que vai agora ser registada e a que se chegou a partir da análise de mil cerejas.

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“Notoriedade, nós já temos muita. Nós queremos é desenvolver outras formas de criar valor a partir deste ecossistema à volta da Cereja do Fundão”, salientou Paulo Fernandes.

Segundo o presidente da Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco, a cor Cereja do Fundão pode ser utilizada nas mais diversas áreas, da moda à cosmética, da decoração a outras aplicações criativas.

O autarca realçou que se pretende que “qualquer pessoa que a utilize saiba que está, na prática, a fazer um tributo à cereja do Fundão”.

O lançamento de uma linha de produtos da Vista Alegre associada à cereja do Fundão, com design de João Vaz de Carvalho, é outra das novidades, dando seguimento às “parcerias com marcas de prestígio”.

“A ideia não é sermos só um território, mas a casa da cereja, uma marca identitária”, sustentou.

Paulo Fernandes anunciou que em junho abre a primeira fase do espaço Ciência Viva, na Quinta da Cereja e das Ideias, em Alcongosta, a aldeia com maior produção do fruto e onde de 06 a 08 de junho se realiza a Festa da Cereja do Fundão.

“Vai ser mais uma valência, que vai ficar em permanência, daquilo que são os espaços, neste caso mais ligados à experimentação, mas também ligados à pedagogia e à ciência para os mais jovens”, frisou Paulo Fernandes, sobre a Quinta da Cereja e das Ideias, espaço no qual é possível apadrinhar árvores.

Na plataforma digital de venda de produtos do Fundão é possível encomendar o fruto, tal como outros artigos que lhe estão associados, como chás de cereja, cerveja de cereja, compotas, licores, kombucha, pastéis, gelados, chocolates, gin, mel e outras formas em que a cereja se pode desdobrar.

“Hoje, a cereja é muita coisa. Da cereja aproveitamos tudo”, enfatizou.

Nos hipermercados vão estar à venda embalagens ‘grab and go’, com pequenas quantidades, prontas a consumir, no Castelo de São Jorge vai estar um dos Quiosques da Cereja, em Cascais realiza-se a Semana da Cereja do Fundão e de 01 a 30 de junho decorre nos restaurantes, pastelarias e bares do concelho o festival gastronómico “Sabores da Cereja”.

Paulo Fernandes sublinhou que o município quer, através do conjunto de iniciativas, “aumentar a perceção de valor” da cereja, para que os consumidores estejam dispostos a pagar um preço mais justo aos produtores.

“Temos também experiências mais espirituais e holísticas dentro dos próprios pomares”, reforçou o presidente, referindo-se ao SPA no cerejal, às caminhadas meditativas no pomar, à possibilidade de apanhar cereja de forma tradicional, aos passeios turísticos em tuk tuk, em comboio, junto aos cerejais, ou às cestas de piquenique disponibilizadas para quem queira fazer uma refeição à sombra da árvore.

A experiência ‘escape room’ no pomar é outra das ofertas, tal como o Trail da Cereja, marcado para 08 de junho.

“Estamos sempre a tentar criar caminho para o nosso ‘cluster’ associado à cereja”, referiu.

Segundo o autarca, no concelho, na área da Indicação Geográfica Protegida da Cereja do Fundão, há cerca de dois mil hectares de cerejal.

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