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Mudança pouco conhecida nas pontas dos dedos é sinal de cancro

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 5 horas atrás em 19-05-2025

Médicos e ativistas estão a lançar um alerta importante: um inchaço nas pontas dos dedos pode ser um sinal precoce de cancro do pulmão.

Embora os sintomas mais comuns desta doença incluam tosse persistente e falta de ar, os especialistas sublinham que mudanças subtis no corpo não devem ser ignoradas.

Este sinal pouco conhecido manifesta-se através de um espessamento visível e alargamento das pontas dos dedos, normalmente acompanhado por alterações nas unhas. Trata-se de uma resposta do organismo a baixos níveis de oxigénio no sangue, podendo estar associado a doenças pulmonares graves, incluindo o cancro.

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Brian Gemmell, um instrutor de fitness escocês de East Kilbride, é um dos rostos por trás deste alerta.

“Sentia-me saudável. Não tinha tosse, nem sangue, nem falta de ar. Apenas reparei que os meus dedos estavam mais arredondados e que, ao juntá-los, já não conseguia ver o espaço em forma de diamante entre as unhas”, explicou ao The Mirror citado pelo Daily Mail.

Foi este detalhe que o levou ao médico de família, que prontamente o encaminhou para uma radiografia e diagnóstico especializado. Após cirurgia e tratamentos, Brian requalificou-se como treinador pessoal especializado em reabilitação de doentes oncológicos.

Os especialistas recomendam o chamado “teste da janela de Schamroth”: juntar as pontas das unhas dos dedos indicadores das duas mãos. Se o espaço em forma de diamante entre as unhas desaparecer, pode estar presente baqueteamento digital — sinal que justifica avaliação médica imediata.

Estudos indicam que o cancro do pulmão é responsável por até 90% dos casos desta condição. No entanto, nem todas as pessoas com baqueteamento têm cancro, o que torna essencial uma avaliação médica rigorosa.

Segundo o médico indiano Malay Sarkar, desenvolve-se em fases, começando com uma textura esponjosa na base das unhas, seguida por curvatura acentuada e brilho anormal. Em casos mais avançados, pode evoluir para osteoartropatia hipertrófica — uma condição que afeta articulações e pode ser confundida com artrite.

Dados recentes da Cancer Research UK revelam um aumento de 130% nos diagnósticos de cancro do pulmão em mulheres jovens nas últimas décadas, tornando este o grupo com crescimento mais rápido da doença. Curiosamente, os números entre homens da mesma faixa etária mantêm-se estáveis desde os anos 1990.

Outra tendência preocupante é o aumento de diagnósticos em pessoas que nunca fumaram — contrariando a ideia de que o cancro do pulmão afeta maioritariamente fumadores ou pessoas idosas.

Segundo a Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro, o cancro do pulmão em não fumadores já é a quinta principal causa de morte oncológica no mundo.

Entre os sintomas de alerta estão: “Tosse persistente (mais de 3 semanas); Tosse com sangue; Infecções respiratórias frequentes; Dor torácica ao respirar; Falta de ar contínua; Fadiga crónica; Perda de peso não intencional; Alterações na voz; Inchaço do rosto ou pescoço e dificuldade em engolir”.

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