A Apple deu um passo arrojado rumo ao futuro da tecnologia pessoal ao anunciar uma parceria com a startup biomédica norte-americana Synchron, especializada em interfaces cérebro-computador.
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O objetivo é permitir que, num futuro não muito distante, os utilizadores possam controlar dispositivos como o iPhone e os óculos Vision Pro apenas com a mente, dispensando toque, voz ou qualquer movimento físico.
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A grande inovação por detrás deste avanço chama-se Stentrode, um pequeno implante colocado através dos vasos sanguíneos, de forma minimamente invasiva, que consegue detetar sinais cerebrais e transmiti-los, sem fios, para dispositivos digitais. Ao contrário da tecnologia da Neuralink, de Elon Musk — que exige cirurgia cerebral —, a solução da Synchron destaca-se pela sua segurança e simplicidade.
A tecnologia já demonstrou resultados práticos: um paciente com esclerose lateral amiotrófica (ELA) conseguiu usar um headset Apple Vision Pro para enviar mensagens e aceder a conteúdos audiovisuais, utilizando apenas os seus pensamentos. Este feito acelerou o interesse da Apple em integrar oficialmente esta tecnologia, passando a reconhecer a “entrada neural” como um novo método de interação nativa nos seus dispositivos, pode ler-se no ZAP.
“Estamos perante um momento decisivo na forma como interagimos com a tecnologia”, afirmou Tom Oxley, fundador da Synchron e neurologista. Fundada em 2016, a startup conta com o apoio de nomes sonantes da tecnologia mundial, como Bill Gates e Jeff Bezos, e torna-se agora a primeira empresa biomédica a integrar diretamente um ecossistema Apple.
Ainda este ano, a Synchron irá expandir os seus ensaios clínicos, testando a tecnologia em pessoas com paralisia e outras limitações físicas severas. O grande objetivo: devolver a estas pessoas o controlo digital do mundo à sua volta — usando apenas a força do pensamento.
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