Região
Figueira da Foz investe 4 milhões e meio na 2ª fase da Zona Industrial e Empresarial do Pinhal da Gandra

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes e os representantes do Consórcio MARSILOP/CIVIBÉRICA, Nelson Pedro Santos Coelho e Paulo José Flórido de Almeida, formalizaram na manhã de ontem, 12 de maio, a assinatura do contrato da empreitada “Área Industrial e Empresarial do Pinha da Gandra –Obra 2.ª fase” no valor de 4.524.934,52 € (quatro milhões quinhentos e vinte e quatro mil novecentos e trinta e quatro euros e cinquenta e dois cêntimos) a que acresce o IVA à taxa legal em vigor (6 por cento).
A assinatura foi antecedida de uma explicação do projeto, por parte o Chefe de Divisão de Estudos e Projetos, João Martins. O mesmo referiu que a primeira fase da obra contemplou os acessos à entrada principal da zona industrial, num investimento superior a meio milhão de euros, e que esta segunda fase contempla a “concretização da zona industrial, das vias internas e de toda a estrutura interna”.
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João Martins sublinhou que os 11 lotes da “primeira zona industrial de dimensão relevante a norte do concelho”, podem ser agregados/ unificados, permitindo o “investimento de empresas com áreas que não temos previstas noutras zonas do concelho,” e com uma relação “quase única” com o aeródromo.
João Martins apresentou ainda uma planta do que se prevê efetuar depois do alargamento em cerca de 20 hectares “desta zona industrial”, nomeadamente uma rotunda que estabelecerá a ligação à expansão da zona industrial e ao futuro aeródromo municipal, que ocupará cerca de 57 hectares.
“Criamos aqui toda uma infraestrutura, seja com a parte industrial seja com a parte da aeronáutica que criará aqui uma relação, quase única, e promoverá bastante esta zona norte do concelho.”, sublinhou João Martins que informou que o Município se encontra a realizar todas as diligências necessárias junto da Infraestruturas de Portugal, para que venha a ser construído um acesso direto da zona industrial à A17, “dada a especificidade da mercadoria que irá estar associada a este investimento”.
Os representantes das empresas adjudicatárias mostraram-se bastante satisfeitos pela confiança e por poderem fazer “desta parceria e “esta importante obra”. Obra que de acordo com Pedro Coelho irá ser efetuada com três fatores fundamentais: “o cumprimento das questões ambientais, o cumprimento das questões de segurança e a qualidade para que no fim a obra seja como o projetista pensou e o dono de obra quer”.
Pedro Santana Lopes sublinhou a “boa impressão que o município tem das empresas adjudicatárias” e “dos trabalhos que têm executado até hoje para o município”.
O mesmo explicou ainda o porquê de realizar “esta cerimónia” no ´terreno`: “Para podermos ter noção hoje de como está, olhando para o estado quase puro ou quase puro das zonas onde vai estar esta área industrial e aquilo que vai ser no futuro”.
Apesar de, por imperativos legais, ainda não poder ainda dar nota do nome da empresa que irá instalar-se nesta zona industrial, Pedro Santana Lopes avançou que é “uma grande unidade industrial, que traz valor acrescentado nomeadamente na área da inovação, da investigação, que trabalha para as grandes tecnológicas do mundo e que criará cerca de 300 postos de trabalho logo de início”.
O presidente da Câmara lembrou, uma vez mais, a questão da hasta pública e as diligências que se encontram a ser efetuadas junto da Comissão de Coordenação da Região Centro, para que a mesma não “vá ter lugar nos termos normalmente estabelecidos, porque não pode haver uma hasta pública para um investidor global e depois ser feito lote a lote”, advogou.
“Os municípios não podem ser penalizados por vir um grande investimento e deixar de ter Fundos Europeus porque não poder fazer a hasta pública nos termos em que ela está prevista, quando existem esses apoios financeiros”, frisou Pedro Santana Lopes.
“Nós por muito ousada que seja esta afirmação, estaríamos dispostos a prescindir desses fundos europeus, para não pôr em causa o investimento que aqui vai ser feito, tal a importância do investimento para o município.”, sublinhou o autarca.
Além disso, considerou que “seria criminoso”, pelo que expressou ter a “certeza absoluta de que os órgãos da administração central e regional vão aprovar esse apoio e defender esta alteração”.
O autarca defendeu que “as novas áreas já previstas no Plano Diretor Municipal, nos planos de ordenamento, em que o investidor também está interessado e depois o desenvolvimento do projeto do aeródromo com privados, procurando agregar outros municípios também interessados e cujos estudos estão, trarão, naturalmente um desenvolvimento a esta zona”.
Pedro Santana Lopes dirigiu ainda palavras à Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, que se fez representar pela presidente da Direção, Vitória Abreu: contamos com seu acompanhamento, entusiasmo e participação para a definição dos termos de acolhimento de todos esses investidores que chegam e chegarão”.
“Tudo isto tem de ser feito nesta rota de progresso entre todos nós”, frisou o autarca.
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