O executivo municipal aprovou um voto de pesar pelo falecimento de Vasco Cunha.
O arquiteto de 92 anos faleceu no domingo à noite em Coimbra. Na intervenção feita no Período Antes da Ordem do Dia, o presidente da câmara José Manuel Silva recordou que o arquiteto, que no seu percurso também foi vereador da câmara de Coimbra, foi uma “personalidade que se eternizou na cidade de Coimbra”
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Nascido em Angola em 1933, passou depois por Lisboa, Coimbra e Porto, onde se diplomou na Escola Superior de Belas Artes.
Em 1961 integrou o organismo das Habitações Económicas – Federação de Caixas de Previdência, contribuindo para a resolução da grande carência de habitação com condições salubres adequadas ao bem-estar e desenvolvimento da população.
Abriu ateliê em Coimbra, inicialmente em parceria com o arquiteto Rogério Alvarez, e o sucesso da sua prática profissional não o distanciou da plena consciência social.
Sério e plural, nunca abdicando das suas convicções, designadamente políticas, coube-lhe a escolha, em fase de concurso, do projeto ganhador da então denominada Ponte Europa, agora Rainha Santa Isabel.
A inquietude relativa ao ensino levou-o a estar na origem da instalação do curso de arquitetura na Universidade de Coimbra, em 1988.
Em Junho de 1989 colaborou intensamente na realização, em Coimbra, do 5º Congresso da então Associação dos Arquitectos Portugueses.
Em coerência com a sua intervenção cultural, é da sua responsabilidade a proposta de criação do Prémio Municipal de Arquitetura Diogo de Castilho, em Coimbra, instituído em 1995.
No primeiro mandato da Ordem dos Arquitectos, no triénio 1999-2001, aquando da presidência da Arquiteta Olga Quintanilha, Vasco Cunha assumiu as funções de Presidente do Conselho Fiscal.
Na década de 90 promoveu a criação do Núcleo de Arquitectos da Região de Coimbra (NARC) enquanto estrutura local da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos, prenúncio da atual Secção Regional do Centro.
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