Tânia Martins e Dora Gama são duas das cerca de 70 peregrinas que saíram de São Pedro da Cova, em Gondomar, com destino a Fátima, mas pararam em Condeixa para uma pausa.
Partiram na madrugada de terça-feira, 7 de maio, pelas 3:00, com um objetivo comum: cumprir promessas de fé marcadas por histórias pessoais de superação e esperança.
Tânia realiza esta peregrinação pela segunda vez, motivada pela saúde do filho de 13 anos, que foi submetido a uma cirurgia delicada aos pés devido a problemas de crescimento. “Há seis anos também vim por ele, por um problema de saúde. Agora, depois da operação, prometi voltar. Felizmente correu tudo bem”, conta, emocionada.
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Para Dora, esta é a primeira vez no percurso, motivada por um milagre familiar. “Tive um familiar em coma, disseram que não havia esperança, mas ele recuperou. Foi um momento em que só a fé nos segura. Prometi que, se ele ficasse bem, viria a pé até Fátima”, partilha.
Ao longo do caminho, que já os levou por etapas de 30 a 55 quilómetros por dia, o grupo encontra força na entreajuda. “Uns puxam pelos outros. Parece que nos conhecemos há anos, mas foi nesta caminhada que nos tornámos família”, referem.
O esforço é intenso, com madrugadas a começar às 3h e noites de descanso incertas. Ainda assim, há espaço para cuidados, massagens nos pés e partilhas que fortalecem laços. A chegada a Fátima está prevista para domingo de manhã, mas para algumas, como Dora, o regresso a casa será imediato. “Tenho os meus filhos à espera. Cumpro a promessa, ajoelho-me até ao altar, e volto.”
E quando se entra no santuário? “Não dá para explicar”, dizem ambas. “Todo o esforço, toda a dor, desaparece. Sente-se paz. Missão cumprida.”
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