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Cientistas criam robô aquático capaz de se transformar em alimento para peixes

Notícias de Coimbra com Lusa | 9 horas atrás em 09-05-2025

Imagem: depositphotos.com

Cientistas do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne (EPFL) desenvolveram um robô aquático que pode ser ingerido por peixes no fim da sua vida útil.

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A investigação, apresentada num estudo publicado na revista Nature Communications, ocorre na procura de alternativas aos atuais dispositivos de monitorização ambiental feitos de plástico e componentes eletrónicos, noticiou na sexta-feira a agência Efe.

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O robô, com a forma de um pequeno barco, pode mover-se na água utilizando reações de dióxido de carbono, ácido cítrico, bicarbonato de sódio e propilenoglicol — todos materiais não tóxicos e biodegradáveis — que já permitiram que o dispositivo nadasse durante vários minutos, de acordo com um comunicado da EPFL.

“Embora o desenvolvimento de robôs nadadores em miniatura para ambientes naturais tenha avançado rapidamente, estes dependem normalmente de plásticos, baterias e outros componentes eletrónicos. Com este trabalho, mostramos como podem ser substituídos por componentes completamente biodegradáveis e comestíveis”, salientou o estudante de doutoramento da EPFL, Shuhang Zhang, um dos desenvolvedores do robô.

A “comida de peixe” em que o robô se pode transformar é ainda mais nutritiva do que a comida vendida nas lojas de animais, contendo mais 30% de proteína e menos 8% de gordura.

A EPFL vê a possibilidade de produzir este tipo de robôs em grandes quantidades para recolher dados ambientais, como o pH da água, a temperatura, os contaminantes e a presença de microrganismos.

Também podem ser utilizados para fornecer nutrientes ou medicamentos aos peixes, e a possibilidade de criar animais de estimação artificiais está mesmo a ser considerada, embora a EPFL note que as experiências ainda estão numa fase inicial.

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