O presidente do PSD avisou hoje que os imigrantes ilegais vão ter de sair de Portugal, considerou que a política de imigração foi o “grande apagão” dos governos socialistas e advertiu que o Chega é um partido destrutivo.
Estas posições foram assumidas por Luís Montenegro no encerramento do comício da AD, no pavilhão da Escola Secundária de Paredes, numa alusão ao anúncio feito pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, de que a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, na próxima semana, para abandonarem o país voluntariamente em 20 dias.
No seu discurso, com cerca de 30 minutos, o primeiro-ministro começou por assinalar que, quando o seu Governo iniciou funções, há 11 meses, havia mais de 400 mil processos pendentes relativos a cidadãos imigrantes em território nacional e que o Estado Português “sabia zero” sobre quem eram essas pessoas e o que estavam a fazer no país.
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Como resposta a esta situação, de acordo com o líder da AD – coligação PSD/CDS, o atual Governo adotou regras, recusando “quer as portas fechadas” no que respeita à chegada de nova mão-de-obra, quer a política de “portas escancaradas”.
“O grande apagão que houve em Portugal foi mesmo a inexistência de uma política de imigração”, acusou o presidente do PSD, numa das críticas que fez aos executivos do PS.
Depois, neste contexto, procurou deixar uma garantia: “Aqueles que não cumprirem as regras e estiverem em Portugal de forma ilegal, temos de os fazer regressar à sua origem”.
“Só há regulação se as pessoas sentirem que o não cumprimento das regras tem uma consequência. Pelo contrário, se não cumprir as regras for igual a cumprir as regras, como aconteceu nos últimos anos, então mais vale a toda a gente não cumprir as regras, porque a consequência é a mesma”, justificou Luís Montenegro.
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