Política
André Ventura diz que morte por causa do apagão devia levar à demissão de ministros

Imagem: Chega
O presidente do Chega defendeu hoje que a morte de uma mulher ventilada, durante o apagão de segunda-feira, deveria levar à demissão de ministros, alegando que o Governo disse que não se tinha registado vítimas.
“Ouvimos quer o primeiro-ministro, quer a senhora ministra da Energia e do Ambiente, quer o ministro da Presidência, dizerem que o que foi feito com maior eficácia, o Governo foi posto à prova e passou com sucesso” e que “não houve vítimas” durante o apagão energético que atingiu o país na segunda-feira, afirmou André Ventura.
Para o líder do Chega, que falava numa iniciativa de campanha em Leiria, “dizer que não houve vítimas e houve, noutro país, estaria a levar à demissão dos ministros”.
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“O INEM sabia que houve vítimas. A ministra da Saúde tinha de saber que houve vítimas. Então porquê é que tentaram mais uma vez esconder isto da população? É um pouco impressionante como é que este Governo tenta esconder tudo da população”, sublinhou André Ventura.
“Quando à ocultação se junta o falhanço, temos que exigir responsabilidades a um primeiro-ministro”, referiu ainda o líder do Chega.
André Ventura defendeu também que devia ter sido enviada “uma mensagem para todos os cidadãos, logo que foi conhecida a situação de emergência”, mesmo “que o Governo não tivesse ainda na posse de toda a informação”.
“Andamos a gastar dinheiro com o SIRESP há décadas e não é só culpa deste Governo, é de todos. Pelas nossas contas, gastámos mais de 770 milhões de euros com o SIRESP e, num momento decisivo, o SIRESP voltou a falhar”, referiu o presidente do partido, ao adiantar que a corporação de bombeiros de Mira ficou com as comunicações a 50%.
O Ministério da Saúde anunciou que ordenou uma averiguação às circunstâncias da morte de uma mulher septuagenária que estava ventilada e que terá morrido, alegadamente, em consequência do apagão de segunda-feira.
O caso da mulher de 77 anos foi avançado pela RTP na quinta-feira. Na reportagem emitida no canal público, a família relatou que a mulher, que estava ventilada em casa, morreu no dia do apagão, alegando que a morte deveu-se à falta de energia.
“Tendo tido o Ministério da Saúde conhecimento, esta quinta-feira, dia 01 de maio, de uma eventual vítima causada pelo corte de energia no passado dia 28 de abril, a ministra da Saúde decidiu pedir uma auditoria à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para o esclarecimento cabal deste caso”, referiu o ministério, numa breve nota enviada às redações.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.
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