Uma investigação realizada pela BBC revelou que alguns dos alimentos para bebés mais populares no Reino Unido contêm níveis alarmantes de açúcar e poucos nutrientes essenciais.
Entre as marcas testadas, como Ella’s Kitchen, Heinz e Piccolo, foi descoberto que muitos produtos ultrapassam os limites recomendados de consumo de açúcar, com alguns itens a oferecer mais açúcar do que uma criança de um ano deve consumir em todo o dia.
De acordo com as orientações do governo britânico, os bebés devem consumir o mínimo de açúcar possível, e uma criança de um ano não deve ingerir mais de 10 g de açúcar livre por dia. No entanto, os testes realizados numa amostra de papinhas e purés vendidos em supermercados do Reino Unido mostraram que certos produtos contêm níveis superiores aos encontrados em refrigerantes. Por exemplo, o produto “Bananas and Apples” da Ella’s Kitchen apresentou impressionantes 19,6 g de açúcar por embalagem, o que corresponde a mais de quatro colheres de chá, pode ler-se no Daily Mail.
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Estes “açúcares livres” são aqueles que são adicionados aos produtos durante o processo e são rapidamente absorvidos pelo organismo. Ao contrário das frutas frescas, que contêm fibras e libertam açúcar de forma mais gradual, os purés tornam o açúcar mais disponível para uma absorção imediata.
Além disso, a investigação da BBC apontou que muitos desses produtos são deficiente em nutrientes essenciais, como ferro e vitamina C, que são cruciais para o desenvolvimento saudável dos bebés. Nenhum dos alimentos testados atingiu os níveis recomendados de ferro, um nutriente vital para o crescimento, o desenvolvimento e a função cerebral. A deficiência de ferro pode levar à anemia e afetar o sistema imunológico das crianças.
Entre as marcas analisadas, a Piccolo, que se apresenta como uma opção saudável para bebês, afirmou que está a trabalhar para reduzir os níveis de açúcar, enquanto a Ella’s Kitchen defendeu que o nível de açúcar é equivalente ao de alimentos caseiros, garantindo que está a seguir um plano de redução de açúcar para 2025. No entanto, especialistas continuam a pedir que os fabricantes sejam mais transparentes.
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