Coimbra
A não perder! Há duas exposições de arte contemporânea prestes a encerrar em Coimbra

Imagem: Tomás Sousa
O Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (Círculo) anuncia os últimos dias para visitar as exposições de Eugénia Mussa e António Bolota. Até ao próximo sábado, 26 de abril, entre as 14:00 e as 18:00, o público poderá visitar “Adulterina”, de Eugénia Mussa, no Círculo Sereia (Casa Municipal da Cultura), e “Manobra”, de António Bolota, patente na sede do Círculo, na Rua Castro Matoso.
Para assinalar este momento, terá lugar uma conversa de encerramento com o artista António Bolota, no sábado, 26 de abril, às 11:00, com moderação de Carlos Antunes. Esta será uma oportunidade única para escutar o artista refletir sobre os processos e ideias que moldaram Manobra, uma exposição que interroga os limites entre escultura e arquitetura, desafiando as noções de permanência, matéria e instabilidade.
Em “Adulterina”, de Eugénia Mussa, a artista propõe uma abordagem à pintura enquanto prática transformadora, evocando o poder da imagem na reconfiguração da realidade e na ativação da memória. O título da exposição remete para a ideia de falsificação — não como cópia, mas como potencial criativo. Combinando escultura, construção e materiais orgânicos e industriais, António Bolota cria estruturas que evocam a arquitetura, mas que subvertem a sua função.
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A exposição “Manobra” confronta o visitante com uma sensação de instabilidade física e simbólica.
Desde a inauguração, no dia 25 de janeiro de 2025, as exposições “Adulterina” e “Manobra” foram acompanhadas por um programa de atividades que envolveu diferentes públicos e reforçou o compromisso do Círculo com a mediação cultural e a criação de espaços de pensamento. Realizaram-se visitas orientadas e mediadas, encontros com convidados nacionais e internacionais, bem como conversas abertas com o público.
No âmbito da iniciativa Círculo de Estudos, espaço de formação em arte contemporânea, foi abordado o tema da pintura contemporânea a partir de referências artísticas e teóricas desde os anos de 1990, assim como a descentralização do conhecimento com a citação da experiência artística em outras geografias. As exposições foram também palco de encontros com artistas como Bartolomeu Gusmão, Lilian Walker, Felipe Barbosa, Marinah Raposo e Francisco Brandão.
Estas iniciativas, que ao longo dos últimos meses convocaram diferentes olhares sobre o trabalho dos artistas convidados pelo Círculo, culminam no dia 26 de abril com duas conversas abertas ao público: às 11:00, no Círculo Sede, com António Bolota, em diálogo com Carlos Antunes; e às 14h30, no Círculo Sereia, com Raquel Guerra, numa sessão mediada por Jorge Cabrera.
Lembre-se que a exposição “A Fábrica das Sombras”, da dupla canadiana Janet Cardiff & George Bures Miller, escolhidos para a edição de 2025 do solo show, exposição monográfica que o Anozero promove entre bienais, continua patente no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, de quarta a domingo, 11h00–19h00, com entrada livre.
Nos próximos dias, o público poderá ainda participar em diversas atividades complementares, também de acesso gratuito: no dia 25 de abril (sexta-feira), às 16h00, terá lugar a conversa “Projetos e comunidades: arte comprometida com o social”, com Cláudia Pato de Carvalho; no dia 26 de abril (sábado), às 16:00, realiza-se uma visita acompanhada pela equipa de mediação; e, ainda no sábado, entre as 14:30 e as 17:30, decorre o workshop “Percursos como construção em arte”, orientado por Sónia Salcedo del Castillo (participação: 5 euros, com inscrição em bit.ly/Anozero25ProgramaEducativo).
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