Mundo
51 desaparecidos em naufrágio nas Canárias
Pelo menos 51 migrantes subsarianos desapareceram no Atlântico quando um caiaque se virou a cerca de 110 quilómetros a sul de El Hierro, ilha das Canárias, em Espanha, segundo os meios de socorro, que resgataram nove homens.
De acordo com a agência EFE, o caiaque foi avistado ao início da manhã de hoje pelo petroleiro Beskidy, que se dirigia do Brasil para Cartagena, alertando por rádio que a embarcação estava semi submersa, o que levou ao acionamento para o local do helicóptero de salvamento Helimer 206, baseado em Tenerife, bem como do barco de resgate Adhara e de um barco-patrulha da Guardia Civil.
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O Helimer 206 recolheu nove pessoas que permaneciam a bordo por volta das 09:35 em Espanha (mais uma hora do que em Lisboa) e que se mantinham agarradas o melhor que podiam à embarcação.
No único testemunho conhecido até ao momento, um dos resgatados afirmou que não há mulheres ou crianças entre as 51 vítimas que desapareceram no oceano.
A embarcação tinha apenas acima do nível da água parte da proa e uma estrutura destacada da popa.
A EFE teve acesso a uma imagem captada pela tripulação do helicóptero que mostra uma pessoa deitada no ponto mais alto da popa, que se encontrava fora de água, além de outra de pé na proa e outras atrás desta, também na parte dianteira.
De acordo com fontes dos serviços de emergência, os sobreviventes disseram aos socorristas do Helimer – e depois à assistência em terra – que estavam naquela situação há dois dias.
De acordo com o que contaram no aeroporto de El Hierro, ao receberem os primeiros cuidados médicos, o caiaque partiu há nove dias de M’Bour (Senegal), a cerca de 1.500 quilómetros de El Hierro, com 60 pessoas a bordo, em direção às Ilhas Canárias, mas naufragou no sétimo dia da viagem.
Os sobreviventes, todos homens, são os únicos que conseguiram manter-se à tona e voltar a subir para os destroços.
Os nove resgatados foram levados para o Hospital de Los Reyes, em Valverde, onde receberam tratamento para doenças menores, na maioria dos casos relacionadas com desidratação e dores abdominais, disse uma porta-voz do número de emergência 112.
O barco de resgate Adhara continuou a navegar no local do naufrágio e verificou que não havia corpos nem no caiaque, nem nas águas ao redor, e a sua tripulação considerou inviável rebocar os destroços para terra.
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