Política

Luís Montenegro pede apoio “não só para ganhar” mas para ter condições de governabilidade

Notícias de Coimbra | 3 meses atrás em 01-03-2024

O presidente do PSD apelou hoje aos eleitores para que se mobilizem até 10 de março para dar, não apenas uma vitória à AD, mas “condições de estabilidade e governabilidade” a um executivo que possa liderar.

PUBLICIDADE

Num discurso a partir de um pequeno palco no Teatro Municipal da Guarda, Luís Montenegro disse ter confiança em recuperar o segundo deputado perdido no distrito e, a partir daqui, ter “na Assembleia da República o apoio” para executar um programa de Governo da AD.

“Precisamos de dar tudo até ao último segundo, não só para ganhar, mas também para criar essas estabilidade e governabilidade. Estou convencido que os portugueses com a sua sabedoria vão dizer que querem efetivamente uma mudança segura e que se traduza em novas políticas”, apelou, sem se referir explicitamente a uma maioria absoluta.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE

publicidade

Numa constante dos seus discursos, o líder da AD (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM) voltou a pedir a quem está a pensar usar o voto como forma de protesto – sem se referir explicitamente ao Chega – que dispersar o voto “só favorece uma força política, que é o PS”.

PUBLICIDADE

“E alguns que podem ter alguma dúvida sobre um ponto ou outro do nosso programa ou uma posição em que têm uma visão diferente, pensem não nesse assunto, mas em todo o desenho da nossa proposta política”, afirmou.

“Nós próprios não estamos 100% de acordo em tudo”, admitiu, dizendo que “o importante é estar de acordo no essencial, que é mudar e trazer um Governo novo a Portugal”.

No final da sua intervenção, antes de um almoço volante, o líder do PSD voltou a pedir ajuda dos apoiantes para que sejam “protagonistas da campanha” da AD.

“Ajudem-me a fazer isso ainda maior para termos condições para dar governabilidade e estabilidade ao país e ter um futuro melhor”, apelou.

Na segunda vez que voltou ao distrito, Luís Montenegro defendeu que “é preciso um modelo económico onde o interior do país dê oportunidades”, o que, defende, só se faz com criação de riqueza.

“Caso contrário podem vir para aqui, à ultima hora, prometer tudo e um par de botas, que no dia 11 ficará tudo na mesma”, disse.

Durante perto de uma hora, Montenegro, sempre acompanhado da cabeça de lista pela Guarda, Dulcineia Moura, percorreu o centro histórico da cidade, acompanhado como habitualmente pela comitiva ruidosa e muita comunicação social.

Entre as pessoas com quem conseguiu falar, houve quem lhe dissesse que “já está” – referindo-se a uma vitória nas eleições de 10 de março – ou quem ainda não se mostrasse convencido, e alertasse que na Guarda o partido Chega “está a subir muito”.

“Temos de tratar disso”, respondeu Montenegro.

Uma outra habitante abordou-o sobre os problemas da saúde na região, mas, no final da conversa não ficou certa do voto na AD: “Pode ser que sim, pode ser que não”.

Numa manhã fria na Guarda, Montenegro ainda experimentou um casaco, mas não havia o seu número, entrou numa farmácia, mas apenas para cumprimentar as funcionárias, já que “ainda não precisou de nada” nesta campanha.

Questionado se tem cuidados com a voz, respondeu: “Bebo chá de gengibre”.

O líder do PSD passará ainda hoje por São João da Madeira, terra do seu adversário do PS Pedro Nuno Santos, mas não atribuiu a esta deslocação um significado especial.

“É sempre um sítio de passagem de campanhas eleitorais”, justificou.

A comitiva da AD já não passará por Espinho, concelho onde cresceu e iniciou a carreira política Luís Montenegro, com o líder do PSD a justificar que fez lá um comício pouco antes do arranque da campanha oficial.

“Já não vamos lá outra vez senão dizem que só quero ir à minha terra”, gracejou.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE