Coimbra
Vizinhança preocupada com “processo de urbanização”na Quinta da Casa Amarela em Coimbra

Imagem: DR
O vereador Francisco Queirós levou à reunião desta segunda-feira, 5 de fevereiro, do executivo municipal de Coimbra preocupações de “vários munícipes” com a Quinta da Casa Amarela.
O representante da CDU sublinhou que são inquietudes “sobretudo de moradores das Ruas Virgílio Correia, Padre Manuel da Nóbrega, Praceta José de Anchieta e Rua Frei Tomé de Jesus, com o “processo de Urbanização” no Vale da Quinta da Casa Amarela/Vale São Domingos.
“Não colocando em causa a construção dos seis lotes de edifícios de habitação e a instalação de uma superfície comercial que estão considerados em anterior Pedido de Informação Prévia (PIP), preocupa-os com razão, a abertura de uma via que atravessará parte do vale que está identificado no Plano Diretor Municipal (PDM) como destinado a área verde e de lazer”, salientou o autarca no período antes da ordem do dia.
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Francisco Queirós sublinhou que ” já é bem visível a desmatação de toda aquela enorme área, até agora verde. O vale sofrerá do aumento de pressão do tráfego automóvel e é preocupante a impermeabilização em curso deste vale, encaixado entre as Ruas Nicolau Chanterene e Padre Manuel da Nóbrega”, recordando que existe “um curso de água que alimenta as Ribeiras de Vale Meão e de Coselhas, que servia de bacia para infiltração de águas. Este curso de água está a ser encanado, estando a ser criada uma zona de retenção de água, encobrindo o charco” e por isso alerta que os moradores “temem que a remoção da vasta vegetação que aqui existia aumente o risco de deslizamento dos terrenos, nomeadamente das encostas que acolhem os prédios das ruas envolventes”.
Adiantando que “o novo arruamento previsto, que atravessará todo o vale, ocupará uma área de 7,2 mil metros quadrados desde a Rua Virgílio Correia até desembocar na Rua Frei Tomé de Jesus, rua densamente habitada e onde se situa uma escola, o Colégio de São José”.
O vereador da CDU questionou se “existe neste momento a intenção por parte da câmara municipal de criar uma via de escoamento de trânsito para a rua Olival de São Domingos”, lembrando que “isso seria a sentença de morte do futuro Parque Verde”.
Em resposta, a vereadora Ana Bastos frisou que o PIP “foi aprovado” e “é tarde demais para exigir alterações”, referindo que não compreende as preocupações contínuas.
A responsável pelo planeamento territorial diz estar disponível para falar com os moradores, no entanto refere que quando estava na oposição expressou muitas das mesmas reservas apontadas agora pelos moradores.
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