O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) manifestou-se hoje “satisfeito com o acordo que foi possível alcançar” com o governo, nomeadamente quanto à diretiva financeira que vai suportar o combate aos incêndios florestais deste ano.
António Nunes falava aos jornalistas no final de uma reunião com o ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, e com a Secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, inserida na segunda ronda negocial sobre a diretiva financeira que enquadra o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, que este ano tem uma dotação orçamental de 52,7 milhões de euros.
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“Tivemos do MAI grande recetividade sobre todos os assuntos que nós colocámos no que diz respeito à diretiva que vai suportar o dispositivo de combate a incêndios florestais”, disse o presidente do LBP, alertando que “este poderá ser um ano difícil devido às alterações climáticas”.
António Nunes referiu que teve oportunidade de apresentar uma proposta “equilibrada” e que foi alcançado um “acordo razoável” tendo em consideração que os bombeiros “querem sempre mais alguma coisa”. Acrescentou, porém, que os bombeiros “compreendem o esforço nacional que tem sido feito nesta matéria” de combate aos incêndios florestais.
O presidente do LBP sublinhou que os bombeiros têm esta ano uma “situação acrescida” que é “a Jornada Mundial da Juventude”, realçando que também este tema foi abordado na reunião com o MAI e que nesta matéria também há “perfeita sintonia de posições”.
Por seu lado, o ministro José Luís Carneiro declarou-se “muito satisfeito” pelo facto de o seu ministério ter “conseguido estabelecer um diálogo franco, leal e profundamente honesto” com a LBP sobre os princípios e orientações que devem nortear a cooperação financeira com as associações humanitárias que prestam o serviço público de proteção e socorro e defesa do país perante os incêndios florestais.
O ministro realçou que, em termos financeiros, estão disponíveis em sede de orçamento de Estado 31,7 milhões de euros para financiar as associações humanitárias e 52,7 milhões de euros para financiar o dispositivo especial de combate aos incêndios rurais, numa altura em que se avizinha o período difícil da primavera e do verão.
Segundo informação do MAI, esta última verba “permitirá pagar mais rapidamente as despesas assumidas pelos Corpos de Bombeiros”.
José Luís Carneiro revelou que para o fecho da negociação financeira com a LBP foram tidos em conta como pressupostos a inflação e o acordo de concertação social.
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