Uma mulher de 66 anos morreu no domingo de madrugada, 20 de março, nos Cuidados Intensivos do Hospital de Guimarães, depois de complicações decorrentes de uma operação aos ovários.
“Roubaram-me a minha mãe e isso não perdoo. Ela não morreu da doença, foi de um erro médico”, conta ao Correio da Manhã a filha da sexagenária, Teresa Martins.
PUBLICIDADE
Enquanto decorria a cirurgia os intestinos terão sido perfurados, situação que provocou uma infeção interna grave. “Foi operada na terça-feira a um tumor benigno. No final, disseram que correu bem, mas, afinal, não foi bem assim”, explicou a filha, lembrando que três dias depois a mulher teve uma paragem cardiorrespiratória, tendo sido induzida em coma e voltado a ser operada.
“A médica disse-me que ela tinha tido uma paragem cardiorrespiratória de 10 minutos e que não sabiam até que ponto ia deixar sequelas. Explicou-me que tinha três furos no intestino e que tinham feito um orifício para ligá-lo a um saco de colostomia, mas alertou que a infeção era muito grande – já que as fezes se tinham espalhado pelo corpo – e para contarmos com o pior”, referiu Teresa, recordando que a profissional a aconselhou a chamar os dois irmãos que estavam no estrangeiro. As várias perfurações no intestino levaram a uma infeção generalizada e irreversível.
“A minha mãe era muito ativa. É muito injusto. Confesso que ainda tinha esperança, mas quando disseram para chamar os meus irmãos percebi logo que dificilmente ela sobreviveria”, relembrou. A filha promete não cruzar os braços até serem apuradas as responsabilidades. “Quem me vai devolver a minha mãe? Vou lutar até ao último minuto da minha vida por justiça”, desabafou.
A filha apresentou uma queixa-crime contra o hospital tendo feito uma exposição no livro de reclamações.
PUBLICIDADE