Há cada vez mais crianças e jovens a jogarem online a dinheiro. O Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) dá conta de que 5% dos jovens com 13 anos já o fazem. A prevalência vai aumentando com a idade e, aos 18 anos, são quase 21%.
Os mecanismos de controlo dos sites legais são contornáveis e contam, muitas vezes, com a conivência dos familiares, enquanto nas plataformas ilegais, que proliferam na Internet, nem sempre existe bloqueio, escreve o Jornal de Notícias (JN).
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No Serviço Nacional de Saúde, 13,9% dos utentes em tratamento por adição ao jogo a dinheiro têm menos de 24 anos.
Em declarações ao JN, João Goulão, diretor do SICAD, diz mesmo que este é o maior desafio, o de controlar a forma como os jovens acessam a este tipo de sites.
“Até hoje, não foi possível criar tais mecanismos. No caso dos jovens, a criação de sistemas de validação e de registo de entrada nas plataformas que controlem a idade do utilizador é tecnicamente difícil, ao que acresce o facto de, em termos legislativos, a aprovação e a aplicação de medidas legais a este nível serem igualmente pouco eficazes”, salientou.
De acordo com o relatório Sinopse Estatística 2021 – Jogo e Internet, publicado esta semana, o fenómeno é maior entre os rapazes.
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