Educação

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra pede ao Estado que garanta recursos às famílias no cuidado aos idosos

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 29-10-2022

A vice-presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Maria da Conceição Alegre de Sá, afirmou, no dia 28 de outubro, que “o cuidador informal é um ótimo recurso para o Estado”, mas advertiu que “transferir a responsabilidade de cuidar dos idosos para as suas famílias requer uma avaliação das condições para o exercício desse papel social”, bem como a “garantia dos recursos necessários”.

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“De outro modo corremos o risco de criar problemas de saúde, laborais, sociais…e não só”, alertou a professora de Enfermagem, que falava na sessão de abertura do II Colóquio Internacional Envelhecimento, Saúde e Cidadania, organizado pela ESEnfC e que reúne em Coimbra vários especialistas na área gerontogeriátrica.

A dirigente da instituição de ensino superior referiu que, “tendencialmente”, fruto da longevidade, associada a doenças prolongadas, e “por uma política economicista”, se vem “a considerar que a família tem a obrigação de cuidar do idoso”. Porém, sustentou que “a função dos enfermeiros é apoiar e não julgar”.

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“Esta é a tendência, mas o nosso papel não é esse. O nosso papel, sobretudo no desenvolvimento da cidadania, é identificar os recursos da pessoa, da família e da comunidade, de modo que cada um tenha os meios necessários ao desenvolvimento do seu papel”, notou Conceição Alegre de Sá.

De acordo com a vice-presidente da ESEnfC, “os cuidadores [informais] contam com os enfermeiros, que estão
no terreno», que detêm «competências específicas e um conhecimento próprio” sobre saúde geriátrica.

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Para Conceição Alegre de Sá, “as exigências dos serviços de saúde contam com profissionais dotados de
formação para atender às reais necessidades das pessoas mais velhas”. Daí que as competências em geriatria
sejam, na sua ótica, “fundamentais”.

 

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